A princípio, PPS opta por reaver mandatos de Savi e Malheiros

Em reunião nesta semana, a Executiva Estadual do PPS decidiu que vai recorrer à Justiça Eleitoral para ter de volta os mandatos dos deputados estaduais Mauro Savi (foto) e João Malheiros (licenciado). Ambos trocaram o PPS pelo PR para acompanhar o governador Blairo Maggi. Eles oficializaram a entrada na nova sigla em março.

Apesar da debandada supostamente ter ocorrido antes do dia 27 de março, data fixada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para o início da vigência da fidelidade partidária para cargos proporcionais (deputados estaduais, federais e vereadores), o PPS agora estuda estratégias e alegações para reaver, inicialmente, os mandatos de Savi, líder do governo na Assembléia Legislativa, e Malheiros. Atualmente, o suplente Wagner Ramos (PR) substitui Malheiros, que comanda a Casa Civil.

Os deputados estaduais Sergio Ricardo de Almeida (presidente da Assembléia e pré-candidato a prefeito de Cuiabá) e Sebastião Rezende também deixaram o PPS e migraram para o PR, além do federal Homero Pereira.

Levantamento do TRE mostrou que quatro partidos haviam apresentado requerimento até o último dia 9 para tentar reaver mandatos de vereadores "infiéis" e repassá-los aos respectivos suplentes. São eles: PSB, PMDB, DEM e PSDB. No total, ao menos oito pedidos tramitam no tribunal.

O Tribunal Superior Eleitoral entende que o mandato pertence ao partido, e não ao eleito. Partidos, suplentes, vices e o Ministério Público podem reivindicar os mandatos dos chamados "infiéis". A maioria dos parlamentares sujeitos à perda de mandato se diz tranqüila e despreocupada com tal possibilidade.