Renan deve renunciar ao cargo em troca de CPMF

O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teria acertado com o Palácio do Planalto sua renúncia ao cargo em troca de votos necessários para a aprovação da CPMF. Pelo acordo, enquanto Calheiros garante usar sua influência para fazer com que os senadores do PMDB, que tem a maior bancada da Casa, votem a favor do governo; os petistas votariam contra a perda de seu mandato. Nesta semana, o plenário do Senado deve apreciar o pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar pelo uso de laranjas na compra de rádios em Alagoas.

O prazo do afastamento de Calheiros vence dia 26. A votação que deve analisar o pedido de cassação de seu mandato está marcada para o dia 22. o presidente interino da Casa, Tião Viana (PT-AC), já teria consultado a assessoria do Senado para preparar a sucessão na Mesa Diretora. Novas eleições devem ser chamadas em até cinco dias.

A sessão de julgamento será aberta, porém com voto secreto.

Segundo O Estado de S.Paulo, o acordo foi firmado em reunião na tarde de quarta-feira. A articulação envolveu, de acordo com o jornal, Viana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, e o senador Edison Lobão (PMDB-MA).