Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sábado - 17 de Novembro de 2007 às 07:30
Por: Cida Fontes

    Imprimir


O afastamento definitivo do presidente licenciado do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), da presidência do Senado antes da votação do pedido de cassação, marcada para quinta-feira (22), é apontada como ponto pacífico entre os aliados do governo. Renan conversou com senadores sobre essa estratégia, que também foi acertada com a administração federal.

A renúncia dele do comando da Casa, segundo fontes ouvidas pela reportagem, pode facilitar a absolvição pelo plenário e enquadra-se no roteiro definido pelo Poder Executivo para aprovar a emenda constitucional que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. A possível renúncia de Renan obrigaria o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), a convocar uma nova eleição para presidente do Legislativo cinco dias úteis depois do pedido de afastamento. Isso acontecerá, portanto, antes da votação do primeiro turno da CPMF, prevista para o período entre os dias 6 e 11.

O Executivo não quer um clima de tensão no Senado para não ter revés, uma vez que enfrentará situação difícil e votação apertada para renovar a contribuição.

Por isso mesmo, senadores do PMDB e do PSB advertem que o Palácio do Planalto não pode fazer movimentos bruscos na Casa sob pena de deflagrar uma disputa indesejável para o comando do Parlamento. A expectativa de senadores consultados, tanto da oposição como da base aliada, é de que, na próxima semana, o presidente licenciado do Congresso reforce os apelos individuais em busca de voto pela improcedência da ação. Renan argumentará que o relatório do senador Jefferson Peres (PDT-AM) não teria apresentado provas contra ele.

Os principais alvos do Planalto para resolver de uma vez o caso Renan estão no PT. Mas, mesmo entre os petistas, os aliados aconselham equilíbrio nas negociações para não expor o partido perante a opinião pública. O senador Renato Casagrande (PSB-ES), que votou contra o presidente licenciado do Senado no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, disse que não concorda com a interferência do Planalto para o absolver, pois isso poderia gerar reações entre os parlamentares que têm posições consolidadas.

"O governo não pode deixar sua digital nisso", disse.





Fonte: AE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/198094/visualizar/