CPI conclui relatório e pedirá descentralização a Sema
Uma das cobranças já feita pelo setor de base florestal do Nortão, a descentralização da pasta dando maior estrutura e autonomia para os escritórios regionais, também deve ser proposta pela comissão. Atualmente, a Sema tem unidades em Sinop, Colíder, Alta Floresta, Juara, Guarantã do Norte, mas grande parte dos processos é resolvida somente na secretaria, em Cuiabá. Segundo Dal Bosco, os escritórios regionais não estão cumprindo o seu papel e, com isso, a secretaria continuará congestionada.
A morosidade na liberação de licenças e projetos de manejo, feita somente na capital, é uma das principais reclamações. Conforme o Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), cerca de 90% dos processos de empresas do Nortão estão parados na pasta.
A comissão também cobrará medidas urgentes na liberação de mais recursos para o órgão, uma vez que o retorno, tanto nas taxas cobradas como de forma indireta, com o ICMS gerado pela comercialização dos produtos florestais e por outras ações, é rápido. Em 2008, está projetada a destinação de R$ 43 milhões para a pasta, dentro do bolo estadual de R$ 6,37 bilhões.
A CPI foi instaurada em julho. Nesse período, tomou vários depoimentos de superintendentes, empresários e secretários. Os parlamentares constataram as limitações da Sema no que tange estrutura física e a falta de pessoal. “Esses depoimentos foram válidos por que endossaram as dificuldades da pasta”, enfatizou o relator.
O relatório final ainda deve ser votado em plenário e encaminhado ao governador Blairo Maggi para que as medidas sejam adotadas.
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