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Politica Brasil
Quinta - 15 de Novembro de 2007 às 21:19

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O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), reagiu hoje às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que há uma "contradição" do partido sobre a votação da emenda constitucional que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "O presidente que criou o mensalão, o suborno de parlamentares e acha que Hugo Chávez é um exemplo de democracia para o mundo, tem que achar que o PSDB está confuso, pois não é capaz de entender a história de um partido como o PSDB", disse o senador.

A exemplo de outros líderes do PSDB, Tasso repeliu a tentativa do presidente Lula de jogar a bancada tucana contra os governadores do partido, já que eles "querem a CPMF". "O PSDB é composto por governadores, parlamentares e prefeitos e nenhum se sobrepõe ao outro. É a maioria democrática." O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), saiu em defesa de Lula. "O presidente não pode ser condenado por uma opinião transparente e sincera." Para ele, a oposição precisa "compreender" a posição de Lula.

Varejistas x Atacadistas

Na avaliação de senadores do PSDB, Lula deve se concentrar em sua base política sob o risco de perder, no plenário do Senado, a votação para manter o chamado imposto do cheque. "O presidente me perdoe. Contradição existe em um partido como o PT, que tem 345 tendências", retrucou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Ele reiterou que os tucanos não fizeram acordo com o Planalto para a prorrogação da CPMF porque o governo não atendeu aos governadores e não se comprometeu com "desonerações verdadeiras".

"Não somos nem varejistas e nem atacadistas. Varejistas são os integrantes da base que ficam atrás de emendas do Orçamento. E atacadistas são aqueles que ficam com Furnas", afirmou Virgílio. Na mesma linha, o futuro presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou que "contradição maior vive o governo Lula nos seus últimos cinco anos". "Foi o governo que só produziu escândalos em sua base", atacou.

Tanto Virgílio quanto Guerra mostram mais ainda preocupação em relação às declarações elogiosas de Lula a Chávez. "O presidente confunde plebiscito, referendo e presidencialismo", disse Virgílio. "Ele precisa entender que se o regime é presidencialista e o presidente quer renovar sistematicamente seu mandato, o presidente se torna imperador", observou o líder.




Fonte: AE

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