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Cientistas fazem clone de macaco pela primeira vez
Pesquisadores americanos anunciaram nesta quarta-feira (14) a clonagem de embriões de um macaco macho de 9 anos de idade e a extração de células-tronco embrionárias do clone. O feito é um marco para a ciência e pode resultar, no futuro, em novos tratamentos para seres humanos.
O trabalho foi publicado online pela revista científica britância “Nature”, que chegou a pedir que outro grupo de pesquisadores confirmasse o feito da equipe americana antes da publicação. O pedido reflete o legado da espetacular fraude na pesquisa de células-tronco feita pelo cientista sul-coreando Hwang Woo-Suk, em 2004.
Esse novo trabalho é importante porque um dia os cientistas esperam usar um processo como esse em seres humanos para criar tecidos para transplante especificamente para cada paciente, diminuindo o risco de rejeições.
Pesquisadores tentaram por anos produzir células-tronco por meio da clonagem de macacos, porque os animais são muito parecidos com os seres humanos e, portanto, oferecem uma boa forma de estudar o processo. Até agora, no entanto, nada havia funcionado.
O avanço é fruto do trabalho de Shoukhrat Mitalipov do Centro de Pesquisas de Primatas de Oregon, em Portland, com outros colegas. Os cientistas fundiram o DNA das células da pele de um macaco reso com óvulos de macaca não-fertilizados que tiveram seu próprio DNA removido. Os óvulos se transformaram em embriões em estágio inicial, dos quais foram removidas as células-tronco.
Os pesquisadores alertaram que mesmo se o procedimento puder ser usado para produzir células-tronco humanas, ele ainda é muito ineficiente para ser utilizado na medicina. Óvulos humanos não-fertilizados são poucos e difíceis de obter. O trabalho com macacos exigiu 304 óvulos de 14 macacas para produzir apenas dois lotes de células-tronco.
Ainda assim, George Daley, do Instituto de Células-Tronco de Harvard, que conhece bem o trabalho, afirmou à agência de notícias AP que o feito era uma “demonstração muito importante” de que o processo é possível em primatas, o grupo que inclui tanto macacos quanto humanos.
A revista “Nature” também publicou a revisão dos resultados feita por uma equipe australiana. Em um e-mail para a AP, a revista confirmou que a revisão foi feita por causa da fraude sul-coreana, quando Woo-Suk e seu grupo mentiram ao dizer que tinham clonado embriões humanos.
A revista enfatiza que o pedido não quer dizer que ela não confia nos cientistas da área de clonagem. O comunicado oficial da “Nature” afirma que como “questões vão provavelmente ser levantadas a respeito da veracidade dos experimentos, dado a recente história do campo da clonagem , nós vemos isso como uma forma bastante direta de eliminar essas dúvidas”.
O estudo australiano, liderado por David Cram, da Universidade Monash, analisou o DNA do macaco macho utilizado, das duas macacas que doaram óvulos e das células-tronco obtidas. Os resultados mostram “além de qualquer dúvida” que as células vieram de embriões clonados.
O trabalho foi publicado online pela revista científica britância “Nature”, que chegou a pedir que outro grupo de pesquisadores confirmasse o feito da equipe americana antes da publicação. O pedido reflete o legado da espetacular fraude na pesquisa de células-tronco feita pelo cientista sul-coreando Hwang Woo-Suk, em 2004.
Esse novo trabalho é importante porque um dia os cientistas esperam usar um processo como esse em seres humanos para criar tecidos para transplante especificamente para cada paciente, diminuindo o risco de rejeições.
Pesquisadores tentaram por anos produzir células-tronco por meio da clonagem de macacos, porque os animais são muito parecidos com os seres humanos e, portanto, oferecem uma boa forma de estudar o processo. Até agora, no entanto, nada havia funcionado.
O avanço é fruto do trabalho de Shoukhrat Mitalipov do Centro de Pesquisas de Primatas de Oregon, em Portland, com outros colegas. Os cientistas fundiram o DNA das células da pele de um macaco reso com óvulos de macaca não-fertilizados que tiveram seu próprio DNA removido. Os óvulos se transformaram em embriões em estágio inicial, dos quais foram removidas as células-tronco.
Os pesquisadores alertaram que mesmo se o procedimento puder ser usado para produzir células-tronco humanas, ele ainda é muito ineficiente para ser utilizado na medicina. Óvulos humanos não-fertilizados são poucos e difíceis de obter. O trabalho com macacos exigiu 304 óvulos de 14 macacas para produzir apenas dois lotes de células-tronco.
Ainda assim, George Daley, do Instituto de Células-Tronco de Harvard, que conhece bem o trabalho, afirmou à agência de notícias AP que o feito era uma “demonstração muito importante” de que o processo é possível em primatas, o grupo que inclui tanto macacos quanto humanos.
A revista “Nature” também publicou a revisão dos resultados feita por uma equipe australiana. Em um e-mail para a AP, a revista confirmou que a revisão foi feita por causa da fraude sul-coreana, quando Woo-Suk e seu grupo mentiram ao dizer que tinham clonado embriões humanos.
A revista enfatiza que o pedido não quer dizer que ela não confia nos cientistas da área de clonagem. O comunicado oficial da “Nature” afirma que como “questões vão provavelmente ser levantadas a respeito da veracidade dos experimentos, dado a recente história do campo da clonagem , nós vemos isso como uma forma bastante direta de eliminar essas dúvidas”.
O estudo australiano, liderado por David Cram, da Universidade Monash, analisou o DNA do macaco macho utilizado, das duas macacas que doaram óvulos e das células-tronco obtidas. Os resultados mostram “além de qualquer dúvida” que as células vieram de embriões clonados.
Fonte:
AP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/198403/visualizar/
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