Deputados chamam Gaeco de incompetente
Em sessão da Assembléia Legislativa desta quarta-feira, os deputados estaduais Walter Rabello, do PMDB, e José Riva (PP) chamaram o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de “incompetente”. A crítica foi motivada porque o Ministério Público Estadual (MPE) abriu um procedimento administrativo que pode culminar em uma ação criminal contra o peemedebista. A coluna Picante informou que ele teria facilitado a fuga do engenheiro agrônomo Jurandir Barros de Carvalho da Assembléia Legislativa.
O Gaeco tentou prender Carvalho no dia 30 de agosto, quando ele prestava depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), da qual Riva e Rabello são membros. Segundo eles, o Gaeco não havia informado que cumpriria o mandado na Assembléia. A dupla também alegou que a prisão seria ilegal. Tratava-se de um mandado de prisão temporária da Operação Guilhotina, principal alvo de questionamento dos deputados, deflagrada em julho contra madeireiros, engenheiros florestais, servidores públicos e proprietários rurais.
“Isso é uma demonstração de incompetência do Gaeco que não conseguiu cumprir a ordem judicial (anteriormente). Eu desafio o Gaeco a mostrar que, em algum momento, me foi apresentado o mandado”, disse Rabello, que presidia a comissão no dia da oitiva de Carvalho. O MPE ainda não se pronunciou sobre a crítica.
Jurandir Carvalho e o irmão dele, José Roberto de Carvalho, são acusados de crimes contra administração ambiental, entre outros. Ambos são proprietários de uma fazenda (Lua Cheia) localizada na região de Juara. De acordo com o Ministério Público, as irregularidades apontadas no caso são semelhantes às dos demais acusados na operação – liberação de plano de manejo e projeto de execução florestal junto à Sema e venda de créditos lançados no sistema de Cadastro de Consumidores de Produtos Florestais, sem a exploração da área.
Relatório de vistoria realizada na fazenda Lua Cheia -- elaborado pela CPI da Sema --contesta as acusações contra os irmãos Carvalho. Ao contrário do MPE, a comissão diz que ocorreu exploração de madeira na área e, portanto, não havia irregularidades. No entanto, a promotoria questiona a data da vistoria feita pela equipe da comissão, já que o cenário do crime pode ter sido alterado posteriormente.
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