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Musharraf promete "transição democrática" e anuncia eleições até 9 de janeiro
Lahore (Paquistão), 11 nov (EFE) - O presidente do Paquistão, o general Pervez Musharraf, se comprometeu hoje a liderar uma "transição democrática" e afirmou que as eleições legislativas serão realizadas até 9 de janeiro, mas não quis estabelecer uma data para suspender o Estado de exceção vigente no país.
"Desafio qualquer um a mostrar que em algum momento fui contra a Constituição", disse Musharraf em entrevista concedida em Islamabad.
O anúncio foi feito um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ter afirmado que o general deu "passos positivos" em direção à democracia, apesar da suspensão das garantias constitucionais em vigor no país.
O chefe de Estado disse que as assembléias nacionais serão dissolvidas na quinta-feira, como estava previsto inicialmente, e que cinco dias depois o mesmo ocorrerá nas câmaras regionais.
"Durante a primeira semana de janeiro", serão realizadas eleições tanto em nível federal quanto provincial.
Após a dissolução das câmaras, será nomeado um Governo provisório que estará no comando até o momento exato das eleições, que será determinado pela Comissão Eleitoral, de acordo com Musharraf.
O presidente paquistanês justificou a declaração do Estado de exceção dizendo que o ato tinha como objetivo salvar "a transição democrática" e afirmou que esta tinha sido "a decisão mais difícil" de sua vida.
"Não posso dar uma data" para suspender o Estado de exceção, disse o general, que acrescentou que a suspensão das garantias constitucionais é um "requisito" para "poder manter eleições livres e transparentes".
No sábado, o procurador-geral do Estado, Malik Qayyum, ressaltou que o Governo suspenderá a medida dentro de um mês, mas que, se a "segurança" no país piorar, o Estado de exceção poderia durar até dois meses, no máximo.
Com o anúncio, Musharraf indica que o pleito pode ser realizado sem restaurar a Constituição.
O chefe do Governo paquistanês afirmou que pretende "assumir como presidente civil" até 9 de janeiro, o que só poderá fazer quando o Tribunal Supremo decidir sobre a validade da reeleição presidencial obtida em setembro.
O general acredita que a Corte, cuja cúpula foi desmembrada após a declaração do Estado de exceção, decidirá "o mais rápido possível" a seu favor.
Musharraf criticou o ex-presidente do Supremo Iftikhar Chaudhry, que continua sob prisão domiciliar desde que começou a vigorar a medida e que era o maior obstáculo de Musharraf em sua luta para se manter no poder.
"Tivemos que fazer uma 'correção' sobre o Supremo", confessou o chefe do Exército, que acusou "uma parte da judicatura" de ser "a fonte de todos os problemas" no Paquistão.
Musharraf ressaltou ainda que não pretende deixar a chefia do Exército antes de garantir a Presidência do país e acrescentou que o Estado de exceção ajudará as Forças Armadas em sua "luta contra o terror".
Sobre se a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, com quem esteve negociando uma repartição de poder durante meses, passará a ser sua aliada, o general disse que, "como presidente", seu dever é "se manter neutro" diante das outras forças políticas.
A ex-primeira-ministra viajou hoje à cidade de Lahore, em meio a extraordinárias medidas de segurança.
Bhutto chegou a Lahore a partir de Islamabad para liderar na terça-feira uma "grande passeata" contra o general.
O presidente paquistanês justificou também a expulsão de três jornalistas britânicos, anunciada no sábado pelo regime, alegando que "não sabem escrever ou falar", e devido às "palavras" que usavam em suas reportagens.
Hoje foram registrados novos protestos de advogados e jornalistas carregando bandeiras pretas ao longo de todo o país, principalmente em Islamabad.
Musharraf disse que fará o possível para que os detidos durante estes dias fossem libertados, mas alertou que as forças de segurança se mostrarão inflexíveis diante das perturbações da ordem pública.
"Desafio qualquer um a mostrar que em algum momento fui contra a Constituição", disse Musharraf em entrevista concedida em Islamabad.
O anúncio foi feito um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ter afirmado que o general deu "passos positivos" em direção à democracia, apesar da suspensão das garantias constitucionais em vigor no país.
O chefe de Estado disse que as assembléias nacionais serão dissolvidas na quinta-feira, como estava previsto inicialmente, e que cinco dias depois o mesmo ocorrerá nas câmaras regionais.
"Durante a primeira semana de janeiro", serão realizadas eleições tanto em nível federal quanto provincial.
Após a dissolução das câmaras, será nomeado um Governo provisório que estará no comando até o momento exato das eleições, que será determinado pela Comissão Eleitoral, de acordo com Musharraf.
O presidente paquistanês justificou a declaração do Estado de exceção dizendo que o ato tinha como objetivo salvar "a transição democrática" e afirmou que esta tinha sido "a decisão mais difícil" de sua vida.
"Não posso dar uma data" para suspender o Estado de exceção, disse o general, que acrescentou que a suspensão das garantias constitucionais é um "requisito" para "poder manter eleições livres e transparentes".
No sábado, o procurador-geral do Estado, Malik Qayyum, ressaltou que o Governo suspenderá a medida dentro de um mês, mas que, se a "segurança" no país piorar, o Estado de exceção poderia durar até dois meses, no máximo.
Com o anúncio, Musharraf indica que o pleito pode ser realizado sem restaurar a Constituição.
O chefe do Governo paquistanês afirmou que pretende "assumir como presidente civil" até 9 de janeiro, o que só poderá fazer quando o Tribunal Supremo decidir sobre a validade da reeleição presidencial obtida em setembro.
O general acredita que a Corte, cuja cúpula foi desmembrada após a declaração do Estado de exceção, decidirá "o mais rápido possível" a seu favor.
Musharraf criticou o ex-presidente do Supremo Iftikhar Chaudhry, que continua sob prisão domiciliar desde que começou a vigorar a medida e que era o maior obstáculo de Musharraf em sua luta para se manter no poder.
"Tivemos que fazer uma 'correção' sobre o Supremo", confessou o chefe do Exército, que acusou "uma parte da judicatura" de ser "a fonte de todos os problemas" no Paquistão.
Musharraf ressaltou ainda que não pretende deixar a chefia do Exército antes de garantir a Presidência do país e acrescentou que o Estado de exceção ajudará as Forças Armadas em sua "luta contra o terror".
Sobre se a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, com quem esteve negociando uma repartição de poder durante meses, passará a ser sua aliada, o general disse que, "como presidente", seu dever é "se manter neutro" diante das outras forças políticas.
A ex-primeira-ministra viajou hoje à cidade de Lahore, em meio a extraordinárias medidas de segurança.
Bhutto chegou a Lahore a partir de Islamabad para liderar na terça-feira uma "grande passeata" contra o general.
O presidente paquistanês justificou também a expulsão de três jornalistas britânicos, anunciada no sábado pelo regime, alegando que "não sabem escrever ou falar", e devido às "palavras" que usavam em suas reportagens.
Hoje foram registrados novos protestos de advogados e jornalistas carregando bandeiras pretas ao longo de todo o país, principalmente em Islamabad.
Musharraf disse que fará o possível para que os detidos durante estes dias fossem libertados, mas alertou que as forças de segurança se mostrarão inflexíveis diante das perturbações da ordem pública.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/198934/visualizar/
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