Abertura do maior prêmio de artes plásticas de MT será segunda-feira
Com 31 anos de existência, o Salão é a principal iniciativa que fomenta o segmento das artes visuais no Estado. Nesta edição, Artistas de 13 cidades mato-grossenses enviaram suas inscrições. A comissão organizadora recebeu 238 inscrições nos seis pólos regionais. Foram 21 artistas selecionados somando 38 obras que participarão da exposição no Palácio da Instrução de 12 de dezembro a 11 de janeiro. Oito obras serão premiadas.
A obra 'Altar' da artista Vitória Basaia foi contemplada com o primeiro grande prêmio. A artista sempre busca participar do Salão pois é uma oportunidade de mostrar seu trabalho no Estado. Nesta obra, ela busca discutir a relação do ser humano com o religioso que, em suas palavras, se transforma em “obediência cega”. “Procuro provocar algumas questões. Por exemplo, O que é religião? A arte é feita para abrir discussões”, conclui a artista.
COMISSÃO JULGADORA
A comissão de jurados formada para selecionar as obras inscritas no Salão Jovem Arte preocupou-se em escolher os artistas que apresentavam o conjunto de obras mais representativas. O artista plástico Jaime Dosan, o Professor Mestre Javier Eduardo López Díaz, e a Professora Doutora Ludmila Brandão participaram da comissão de pré-seleção.
Na seleção final das obras, participaram, como jurados, Ludmila Brandão, o curador independente Rafael Duailibi Maldonado, e a semioticista Marília Beatriz de Figueiredo Leite. Rafael é graduado em pintura na Escola de Música e Belas-Artes do Paraná e Marília Artes do Paraná e Marília é sócia temporária do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e professora fundadora da UFMT.
ARTISTA CONVIDADO
Seo Clínio de Moura é Artesão na manufatura da cerâmica, santeiro da Comunidade de São Gonçalo Beira Rio, em Cuiabá (MT), onde reside a partir desde o ano do seu casamento, em 1953. Ele aprendeu a arte da cerâmica com Dona Biuína, sua esposa, artesã de potes, pratos e moringas, falecida em abril de 2005.
Participou da “Mostra Inaugural” do Museu de Arte e de Cultura Popular (MACP) da UFMT (Cuiabá, 1974) e da exposição “Santeiros e Imaginários” (Paço das Artes, São Paulo, 1977). Seo Clínio integrou também a coletiva “Artistas do Século” (MACP, Cuiabá, 2000).
Produz diversos tipos de santos. Mas por ser devoto de São Gonçalo, dedica-se especialmente a fabricação do Santo violeiro que empresta o nome à Comunidade. Outras peças como presépios, dançarinos de siriri, grupos de cururueiros, bandas de músicos e casais dançantes, também fazem parte das centenas de peças já produzidas e que se encontram espalhadas por diversos Estados brasileiros e também no exterior.
Hoje, por motivo de saúde, reduziu sua produção. Tem nos filhos Ozil e Zita, seus discípulos na cerâmica.
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