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Cultura
Terça - 06 de Novembro de 2007 às 18:48

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NOVA YORK - Mel Brooks pode ter criado um monstro: a expectativa gerada em torno de "Young Frankenstein", comédia musical que estréia nesta quinta-feira, no primeiro retorno de Brooks à Broadway desde "Os Produtores".

Com "Produtores", Brooks pegou um filme cômico de 1968 esquecido e o transformou num sucesso inesperado que passou seis anos em cartaz na Broadway, até abril deste ano.

Agora ele está usando uma fórmula semelhante com "Young Frankenstein", adaptação do filme "O Jovem Frankenstein", de 1974, com Gene Wilder e Peter Boyle, que é um dos trabalhos mais amados da carreira de Boyle no cinema e na televisão.

Alguns especialistas acham que o boca a boca é que vai acabar por determinar o sucesso ou não da peça, mas todos concordam que "Young Frankenstein" será o acontecimento mais aguardado da temporada do outono.

A diretora Susan Stroman, que também dirigiu "Os Produtores" na Broadway e o remake subsequente do filme, disse que as comparações são inevitáveis, mas que procurou não pensar em tentar repetir o sucesso comercial de "O Jovem Frankenstein".

A versão para o palco retoma alguma das gags do filme, mas acrescenta material novo criado por Mel Brooks, em sua maioria números de canto e dança.

Talvez a cena mais antecipada será uma, baseada no número musical correspondente do filme, em que o cientista Frederick Frankenstein (representado por Roger Bart) e seu monstro dançam sapateado ao som de "Puttin' on the Ritz", uma canção de Irving Berlin que é contemporânea com a época em que "Young Frankenstein" é ambientado, a década de 1930.

O ator Shuler Hensley, que faz o monstro, sabe que, apesar das canções novas, sua performance será comparada à de Peter Boyle, que morreu em dezembro.

"É impossível tirar as imagens de Gene Wilder e Peter Boyle da cabeça. Isto dito, tudo o que podemos fazer é subir ao palco e curtir o material", disse ele.

O colunista Michael Riedel, do New York Post, disse: "Mel Brooks corre o risco de levar um tombo grande, principalmente porque está cobrando 450 dólares pelos melhores lugares no teatro", embora a maioria dos lugares custe 120 dólares, um valor mais habitual. "Basicamente, ele disse aos críticos que esta é uma peça que vale 450 dólares. Isso é fixar um patamar altíssimo."





Fonte: Reuters

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