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Politica Brasil
Terça - 06 de Novembro de 2007 às 16:23

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O governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), disse nesta terça-feira (6) em São Paulo não descartar seu nome como candidato à Presidência da República em 2010 e afirmou que o nome do deputado Ciro Gomes “é uma possibilidade”, mas não uma “probabilidade” para concorrer como candidato majoritário da coligação que dá sustentação ao governo.

Na lista de possíveis candidatos do PT à sucessão de Lula, ele citou a ministra do Turismo, Marta Suplicy, e a da Infra-Estrutura, Dilma Rousseff. “A Dilma pode ser o símbolo de toda essa gestão vitoriosa do presidente Lula.”

Wagner afirmou ser contra um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Isso seria insensato.” Ele defendeu o fim da reeleição e um mandato de cinco anos.

Sobre a CPMF, o governador declarou que ela poderia ser extinta se houver uma reforma tributária que preveja compensações para a perda de arrecadação. Veja os principais pontos da entrevista.

Terceiro mandato de Lula

Eu acho possível um próximo mandato sem reeleição e de cinco anos, mas não prorrogar esse. Prorrogar esse é outro casuísmo complicado. Não acho tão fácil (discussão de um terceiro mandato dentro do PT). Para mim é impossível. No que depender de mim, é impossível e insensato. Nunca vi nem participei de nenhum debate sobre terceiro mandato (no PT).

Candidatura à Presidência

Minha tese é a seguinte: quem vive de reminiscências do passado ou vive com projeção no futuro acaba não fazendo o principal, que é realizar no presente. Nem a gente fica na fama do ‘oh, fez uma bela vitória (na eleição ao governo da Bahia)’ nem eu estou projetando esse futuro. Acho que a gente tem que governar bem. Porque se governar bem, você pode desembocar em 2010 e dizer ‘esse é um nome que está preparado para uma reeleição, se houver, ou para outro tipo de desafio’. Se você me perguntar se é isso o que estou planejando, não. Mas descartar, eu também não vou descartar. O nome pode estar preparado, pode ser uma solução interna. Se você perguntar se eu estou fazendo isso, planejando, rodando o país, interagindo internamente no PT em função disso, não estou. Acho que não é hora. As pessoas dizem que o PT não tem nome, mas o PT também não era nome em 1989 e o Lula quase chega lá. Eu também não era nome, e acabei virando governador. Isso não é tão cartesiano.

Outros nomes

Temos muitos nomes. Estão na cena política e são razoáveis. O da Marta, evidentemente é [um nome forte], afinal de contas ela foi prefeita da maior cidade da América Latina e não perdeu tão feito da última vez. A Dilma pode ser o símbolo de toda essa gestão vitoriosa do presidente Lula. A Marta pode, a Dilma pode, o Marcelo Déda (governador de Sergipe pelo PT) pode, o Patrus (Ananias, ex-ministro) pode? Pode. Há pensamentos que acham que é até importante ter uma alternância dentro da base. O (deputado) Ciro (Gomes) evidentemente é um nome que transita, foi ministro do presidente, tem pontos de aderência com o PT. Eu acho que ele é um nome. Como possibilidade, sim; como probabilidade, não. Mas defendo que a gente deveria chegar em 2010 mantendo a unidade da base mantendo o projeto deste projeto tendo candidato único.

CPMF

A CPMF poderia até acabar, se houver um projeto de reforma tributária. Não sei que pontos deveria conter para justificar a extinção da CPMF, isso é com a Fazenda. A proposta do governador Aécio, de aumento nos repasses da CID (imposto sobre combustíveis), é inteligente, tem começo, meio e fim. Ela foi criada para isso. Levei a proposta adiante, para o [ministro Guido] Mantega, para a Dilma. A receptividade foi boa, mas sabe como é, a Fazenda sempre joga na retranca. O Aécio e o [José] Serra (governador de São Paulo) estão tendo uma posição responsável, própria de quem está no Executivo.





Fonte: G1

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