CPI do Corinthians ganha 59 assinaturas, diz deputado

Os autores do requerimento que pede a instalação da CPI do Corinthians apresentaram nesta segunda-feira (5) um novo bloco de assinaturas de parlamentares que apóiam a investigação. De acordo com o deputado Silvio Torres (PSDB-SP), mais 54 deputados e cinco senadores assinaram o requerimento.

Segundo os cálculos dos autores da CPI, este novo grupo garante a criação da CPI. A leitura em plenário do requerimento está marcada para esta terça-feira (6). A troca de nomes (entrada e saída de assinaturas) pode ser feita até a meia-noite do dia da leitura do texto em plenário.

Com os novos números, segundo Silvio Torres, a CPI tem o apoio de 198 deputados e de 40 senadores. Para uma CPI mista (Senado e Câmara) ser criada, ela precisa do apoio de ao menos 171 deputados e 27 senadores.

A secretária geral da Mesa do Senado, Claudia Lyra, informa, no entanto, que será feita uma contagem individual, com a checagem de assinaturas, durante toda a noite desta segunda-feira para assegurar o número correto de apoio à CPI. No início da noite, ela disse não ser possível afirmar o número correto de assinaturas.

Protocolo

No dia 30 de outubro, logo depois de o Brasil ser anunciado como sede da Copa de 2014, o requerimento para criar a CPI foi protocolado no Senado com as assinaturas de 209 deputados e 38 senadores.

O objetivo da comissão, de acordo com o requerimento, é investigar crimes contra o sistema financeiro decorrentes de contratos entre empresários e clubes de futebol.

Segundo o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), um dos autores do pedido de investigação, os parlamentares retiraram as assinaturas após sofrer pressão da CBF, a entidade que organiza o futebol no Brasil e que apresentou a candidatura do Brasil à Copa. "É uma interferência indevida que afronta o Congresso Nacional", disse Dias na semana passada.

A investigação tem duração prevista de 120 dias, prorrogáveis por mais 60, e pode investigar supostas irregularidades entre 2000 e 2007.