Na direção, Santos tenta pôr fim a crise no PSDB
Sob a condução de Wilson Santos, a meia-dúzia de líderes do PSDB no Estado montou uma estratégia para tentar amenizar a crise interna. Dirá que a briga entre o prefeito da Capital e o ex-senador Antero de Barros, que renunciou à presidência regional após ver sua resolução sobre veto a alianças ao PT e ao PR derrubada, não passa de um mal entendido e de especulações da imprensa. Santos já conversou pessoalmente com Antero ao menos duas vezes nos últimos 15 dias. Estão próximos de um entendimento. Mesmo assim, por enquanto o ex-senador preferiu fugir da carona do PSDB sob controle de seu novo presidente. Quer esperar o desfecho da política de alianças.
O prefeito foi eleito dirigente tucano com chapa única há menos de um mês numa convenção em que Antero não esteve presente. O novo dirigente preferiu não atacá-lo. Estrategicamente, chegou a dizer que logo o PSDB estaria unido de novo. Santos tem as suas mãos um pepino mas, ao mesmo tempo, o controle regional da legenda, o que permitirá amarrar alianças com quem desejar, inclusive para benefício próprio, já que busca a reeleição.
O problema é que a legenda tucana está esfacelada e com dificuldades de quadros para disputar a sucessão municipal nas cidades-pólos. Em Rondonópolis, por exemplo, o partido quer levar Rogério Salles ao sacrifício. Ex-prefeito e ex-governador, Salles resiste.
Em Sinop, a vereadora Sinéia Abreu também não quer saber de candidatura à prefeita, como deseja os líderes tucanos. Em Várzea Grande, a agremiação nem arrisca a citar opção para prefeito, o mesmo ocorre em Cáceres e Barra do Garças. Nesse ritmo, a tendência do partido é minguar a partir das eleições de 2008. Hoje são apenas 5 prefeitos do PSDB no Estado, contra 55 em 2002, quando deixou o comando do Palácio Paiaguás. A maior aposta está com a reeleição de Santos na Capital.
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