Senador e deputado negam irregularidades
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) disse que pedirá, por meio da Justiça, uma explicação do ex-secretário de Governo Raufi Marques sobre as anotações do livro-caixa, apreendido na investigação do suposto caixa dois de Zeca do PT.
Delcídio negou ligação com as gráficas que prestaram serviço à sua campanha eleitoral e estão envolvidas com o suposto caixa dois. "Está tudo registrado [na Justiça Eleitoral]. Nem sei onde ficam essas gráficas", afirmou o senador petista.
O nome do senador, escrito como "sen. Delcídio", aparece no livro como beneficiário de pagamento de R$ 25 mil. As anotações foram a feitas pela secretária de Raufi, a pedido dele mesmo.
Delcídio negou ter recebido dinheiro do governo Zeca do PT. Ele diz que desde 2004 está rompido com o ex-governador.
"As contas [de campanha] estão registradas e foram aprovadas [pela Justiça Eleitoral]. Não há irregularidade", afirmou o deputado federal Vander Loubet (PT-MS), via assessoria, sobre os serviços prestados por gráficas envolvidas no suposto caixa dois.
Vander também nega ter recebido dinheiro do governo Zeca do PT, como sugerem as anotações do livro-caixa.
A assessoria do presidente Lula, cuja campanha à reeleição, também recebeu serviços de uma gráfica envolvida, orientou a reportagem a procurar o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini.
A assessoria de Berzoini não telefonou de volta.
Zeca do PT nega qualquer esquema de caixa dois durante o seu governo. Emídio Milas, dono da Graficom, disse ter como comprovar por meio de notas que fez regularmente todos os serviços encomendados pelo governo. Ele nega ter participado de esquema de caixa dois.
A reportagem foi ao escritório da Sergraph, mas não encontrou os diretores da empresa. Deixou recado e telefonou depois, mas mesmo assim não ligaram de volta. A Sergraph, embora tenha emitido nota fria com endereço de Uberaba (MG), possui um escritório em Campo Grande (MS).
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