Rezende não recua do banner para os deputados
O deputado evangélico Sebastião Rezende (PR) decidiu que, mesmo com algumas resistências, reapresenta nos próximos dias para votação o seu projeto que prevê banners com a fotografia dos 24 parlamentares nos prédios públicos do Estado. A proposta só não foi votada no mês passado por causa de uma manobra da bancada do PMDB, que se retirou do plenário para provocar falta de quórum.
Rezende não está nem aí para as críticas. Ele entende que os deputados têm direito à exposição de fotografia nos órgãos da máquina estatal, assim como o governador. Pressiona a Mesa Diretora para recolocar logo o projeto em pauta, mesmo que deixe para segundo plano outras mensagens de maior relevância.
Em quase todas as sessões Rezende sobe à tribuna para ler a Bíblia. É cortês, solidário e evita conflitos. Esconde, porém, uma grande estrutura. Ele mantém, por exemplo, um gabinete dentro da Igreja Assembléia de Deus. É de lá que arrebanha a maioria dos votos que garantiram sua reeleição no ano passado com 35.521 votos, o segundo mais votado da coligação PPS/PFL, que elegeu 10. Ele apresenta poucos projetos. Está mais preocupado em atender seu segmento. É um dos nepotistas na Assembléia. A exemplo da maioria dos deputados, emprega parentes no gabinete.
Quanto ao projeto do banner, o deputado destaca que não teme constragimento. Pelo projeto, cada banner terá tamanho de 1,20cm x 80cm. Segundo ele, o propósito é valorizar o deputado. "Infelizmente, quando a gente chega num órgão público do Estado às vezes a recepção não conhece o deputado. Tem comentário de que o deputado é conhecido porque sai na mídia ou porque sai nas páginas policiais. Nós estamos aqui porque tivemos o voto da sociedade".
Rezende nega se tratar de privilégios. Segundo ele, é necessário que em cada recepção ou portaria das pastas da administração estadual, assim como nos órgãos vinculados, tenha banner com a foto dos 24 deputados para facilitar a identificação. Chega a dizer que trata-se de um presente que os secretários e presidentes dos órgãos vão receber para ajudar na popularização dos nomes dos parlamentares.
"É importante que aqueles que estão na função pública identifiquem o parlamentar. Não é chegar lá e passar na frente. A idéia é facilitar o trabalho do servidor público que está na recepção", alega o evangélico.
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