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Politica Brasil
Quinta - 01 de Novembro de 2007 às 18:09

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O deputado Victório Galli (PMDB-MT) ocupou a tribuna para manifestar sua indignação contra o desperdício de alimentos no país, e sugeriu ao governo federal a implementação de um programa de aproveitamento, com orientação técnica junto às Ceasas.

"Nosso país é um dos maiores produtores de frutas e hortaliças do mundo, mas, ao mesmo tempo, o campeão em desperdício desses alimentos, a ponto de jogar fora mais do que consome", disse o deputado.

Segundo o Victório, pesquisas realizadas pelo Centro de Agroindústria de Alimentos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontam que, no caso das hortaliças, são perdidos 37 quilos por habitante ao ano, enquanto o consumo, nas dez principais capitais, alcança apenas 35 quilos.

As pesquisas (publicadas pelo Jornal do Brasil) constataram, ainda, que 50% da couve-flor colhida no país são desperdiçados; 45% da alface; 40% do tomate, do morango e da banana; 35% do repolho e 20% do abacaxi. Em média, o Brasil joga fora 30% a 50% dos alimentos que produz.

"Desperdiçar comida é um absurdo em qualquer momento, e ainda pior quando importante parcela da população não dispõe de recursos para se alimentar devidamente. É uma verdadeira cultura do desperdício, com enormes prejuízos para o País", observou o deputado.

Segundo Victório, informações de técnicos da Embrapa apontam falta de treinamento aos produtores para colher e manipular os alimentos da forma mais adequada. Embalagens impróprias, como caixas de madeira, estragam os produtos e diminuem sua vida útil.

O transporte traz danos ainda maiores, pois ocorrem nessa etapa, em média, 50% das perdas, em grande parte causadas pela falta de refrigeração. No varejo, o manuseio nem sempre é correto, e até o consumidor acaba atrapalhando, ao amassar os produtos no momento da escolha.

Para o deputado, todos necessitam de uma reciclagem, de boa informação e treinamento, para evitar tantas perdas. Os produtores podem receber mais assistência, o cuidado no transporte tem que aumentar, e o consumidor deve ser informado sobre os meios de escolher produtos sadios sem danificá-los.

"É preciso pensar nisso, inclusive porque o desenvolvimento econômico e social que todos desejamos não se faz apenas com maior produção – passa também, sem dúvida, pelo melhor aproveitamento de tudo aquilo que já se produz", afirmou.




Fonte: 24 Horas News

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