Presidente do Senado termina com 'festa' no 'cafezinho'

O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), anunciou nesta terça-feira (31), da Mesa do plenário, que o acesso ao chamado "cafezinho" será restrito, em decorrência do acúmulo de pessoas estranhas no local. "Muitos senadores e senadoras têm reclamado do tumulto que se criou com a presença de pessoas estranhas no cafezinho do Senado e no plenário. A Presidência tomou a decisão de controlar o acesso, nos termos de um ato da Mesa do Senado Federal, de 1999, e faz um apelo para a devida colaboração".

O "cafezinho" é o reservado que existe aos fundos do plenário e, tradicionalmente, é utilizado para que senadores preparem discursos, negociem a aprovação de matérias com colegas, sem contar as conversas de senadores com jornalistas e os momentos de "descontração" dos parlamentares.

Lobistas

De acordo com Viana, a imprensa continuará com acesso ao local. Já os assessores terão que ser objetivos na entrega de documentos aos parlamentares tanto no cafezinho como no plenário.

A principal crítica dos senadores é a presença de lobistas no "cafezinho". Tais pessoas se misturam com o público que circula no plenário, e atuam junto aos senadores, apresentando argumentos à aprovação ou à rejeição de matérias com votação prevista em plenário.

Corredores

Na semana passada, Tião Viana autorizou um novo sistema de segurança nos corredores da Casa. A resolução terminou com as visitas guiadas durante a semana, sem agendamento prévio. Com a nova regra, os grupos de pessoas só poderão conhecer o Senado nos finais de semana ou quando forem individualmente a Casa.

A decisão foi tomada depois de repetidos protestos nos corredores do Senado contra o presidente licenciado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e contra um grupo de senadores do PMDB, que se proclamou "franciscano", por conta das "pendências" junto ao Governo federal.