Julgamento de Chica Nunes e Pedro Henry é retomado no TRE
O julgamento em que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) decidirá se acata ou não a representação proposta pelo Ministério Público Eleitoral contra os deputados Chica Nunes (PSDB) e Pedro Henry (PP), deve ser retomado neste dia 30.
Os parlamentares são acusados formalmente de suposta compra de votos na eleição do ano passado.
Segundo o Ministério Público, que após ouvir as testemunhas chegou a emitir um parecer escrito pela improcedência da representação, Pedro Henry e Chica Nunes teriam se beneficiado dos trabalhos de uma servidora pública municipal, lotada na policlínica do bairro Pedra 90 em Cuiabá, que estaria realizando reuniões no ambiente de trabalho e pedindo votos para os deputados em troca de medicamentos.
O juiz-relator Alexandre Elias e a juíza substituta Maria Abadia já votaram pelo arquivamento da representação sob argumento de que não existem provas suficientes para o seu recebimento. Dizem que a acusação que gerou o escândalo é uma briga de vizinhos.
A representação decorre de uma denúncia em que uma moradora do residencial Sonho Meu registrou no ano passado uma queixa contra dirigentes da Associação de Moradores do Pedra 90 que teriam tentado comprar votos no bairro. Essas pessoas seriam ligadas ao vereador por Cuiabá Marcus Fabrício (PP), primo de Chica.
Chica Nunes alega que não teve envolvimento com qualquer irregularidade e não poderia saber por que o seu nome foi citado na denúncia. A denunciante fez a queixa após ser ameaçada por cabos eleitorais que trabalhariam para os acusados. Henry, que foi reeleito, garante que nem teve cabo eleitoral na região.
A representação por compra de votos e propaganda irregular pode culminar na cassação do mandato dos acusados.
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