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Cultura
Segunda - 29 de Outubro de 2007 às 15:44

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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançou na última semana uma campanha para mobilizar a população na busca por bens culturais desaparecidos. “A campanha faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas com objetivo de recuperar e devolver aos locais de origem as peças que foram extraviadas, furtadas ou roubadas”, afirma Luiz Fernando de Almeida, presidente do Iphan.

Ao todo, foram listados 933 bens, sendo que 35 já foram resgatados. O Rio de Janeiro lidera entre os estados com maior número de peças desaparecidas. Ao todo, são procurados 533 objetos no estado.

Bahia e Minas Gerais também têm números elevados de peças listadas, com 117 e 113, respectivamente. “As cidades que lideram a quantidade de objetos buscados são aquelas que tiveram forte presença colonizadora no século XIX. Prova disso, é que as peças de arte sacra, do período barroco, estão entre as mais procuradas”, afirma o presidente do Iphan.

Pernambuco (57), Espírito Santo (27), São Paulo (12), Goiás (10), Pará (10), Paraná (10), Rio Grande do Sul (4), Sergipe (3), Mato Grosso (1) e Alagoas (1) são outros estados que têm materiais procurados. “Certamente há mais bens desaparecidos que ainda não foram cadastrados”, diz Almeida.

Cerca de 96% dos materiais procurados são obras religiosas, os outros 4% são objetos de museu. “Muitos pontos do país que tinham uma atividade dinâmica no período colonial, são atualmente menos movimentados. Há igrejas abandonadas em áreas rurais, por exemplo”, afirma.

“Essas imagens têm valor no mercado, mas nunca superam o valor patrimonial. Mais do que o roubo do objeto é o roubo da alma histórica do país, já que acabamos perdendo elementos que contam a formação do Brasil”, acredita Almeida.

Casos registrados em 2007

O Iphan acompanhou alguns casos de objetos desaparecidos este ano. Entre eles, está a Praça Coronel Pedro Osório, em Pelotas (RS). Estátuas feitas em porcelana, de aproximadamente 1,30m cada, foram levadas do local.

No Rio de Janeiro, em março, foi detectado o desaparecimento de mais de 30 pingentes de bronze do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em um chafariz da Praça General Osório foram roubadas as imagens de bronze.

No Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP), popularmente conhecido como Museu do Ipiranga, foi registrado, em agosto, o sumiço de 900 cédulas e moedas raras dos séculos XVIII e XIX.

Campanha

A Campanha pela Recuperação de Bens Procurados será veiculada em cadeia nacional de televisão. O público já pode consultar no site www.iphan.gov.br, o banco de dados de peças desaparecidas. Denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone (21) 2262-1971, fax (21) 2524-0482, pelo e-mail bcp-emov@iphan.gov.br, ou no próprio banco online.





Fonte: G1

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