Abicalil critica gestão de Serys no PT e ‘insinua’ candidatura em Cuiabá
“Meu pai me dizia sempre: nunca diga desta água não beberei”, insinuou. O nome de Abicalil é sempre lembrado em todas as rodas políticas. Nos bastidores do Palácio Paiaguás, inclusive, já corre o boato de que aliados do governador Blairo Maggi (PR) estariam vislumbrando um apoio ao petista no lugar do já declarado pré-candidato dos Republicanos, o presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Ricardo.
Sobre o assunto, Abicalil, respondeu: “não há nenhum tipo de entendimento neste sentido nem de bastidores e nem de corredores”, desconversou.
Segundo ele, o momento agora no PT é de discussão interna visando à eleição para a renovação do diretório estadual da sigla que ocorre em dezembro. O deputado disputa a presidência da legenda contra a senadora e atual presidente, Serys Slhessarenko e o professor Domingos Sávio.
Abicalil entende que o PT tem boas chances na disputa em Cuiabá por ter em seus quadros figuras com boa representatividade na capital. “Eu, a Serys, Alexandre César, Vera Araújo e, além disso, temos o melhor vereador da cidade, Lúdio Coelho”, alegou.
Indagado como analisava o fato de ter sempre seu nome lembrado para disputa, ressaltou: “é um reconhecimento importante. Credencia-me, mas não me torna candidato”, respondeu bem ao seu estilo.
CRITICA A SERYS
Abicalil participa neste sábado de um debate com petistas na cidade de Juína, Noroeste do Estado. No final de semana, irá visitar os municípios de Castanheira e Cotriguaçú. Está em plena campanha para conquistar o diretório estadual. Ontem, recebeu o apoio do vereador por Cuiabá, Lúdio Coelho.
Ele afirmou que quer ser presidente regional por não concordar com a conduta política da atual direção, liderada pela senadora Serys.
O deputado não poupou críticas à companheira de partido. Criticou, principalmente, a omissão da senadora nos momentos cruciais dos debates em torno do governo Lula. Citou a falta de apoio de Serys a temas polêmicos levantados por Lula no primeiro mandato como a reforma da Previdência e o índice de reajuste do salário mínimo.
“Minha posição foi clara em defesa da proposta do governo. Caminhamos em posições opostas. Hoje é muito bom aplaudir o Lula”, ironizou.
Também criticou o fato da senadora disputar a eleição a governador em 2006 ‘arranhando’ um entendimento do presidente Lula com Blairo Maggi. “Depois demorou 2 meses para fazer um balanço da eleição quando deveria ter de imediato analisado o apoio do governador a Lula no segundo turno da eleição presidencial. Com a aliança de Maggi, Lula reverteu a seu favor a votação no segundo turno em Mato Grosso conquistando cerca de 123 mil votos a mais que no primeiro turno”.
Abicalil afirma que conta com o apoio de 6 dos 7 prefeitos petistas. Informou ainda que o partido deverá realizar 9 debates em torno da disputa ao diretório regional antes da eleição em dezembro. As datas e os locais ainda estão sendo avaliadas pela comissão organizadora da eleição.
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