Preços agrícolas sobem 3,19%, divulga IEA

Os preços recebidos pelos produtores rurais paulistas subiram 3,19% na terceira quadrissemana de outubro, segundo o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), calculado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

A alta do indicador foi impulsionada pelo aumento de preços produtos de origem vegetal (IqPR-V), que tiveram variação positiva de 5,93%. Os produtos de origem animal (IqPR-A) recuaram 2,44%. Quando a cana-de-açúcar, produtor de maior peso no valor da produção agropecuária paulista, é excluída do cálculo do índice, a variação positiva do IqPR eleva-se para 5,78% e do IqPR-V para 13,78%. Sem a cana, as altas de preços da laranja, tomate, feijão e batata impulsionam o indicador.

Segundo o IEA, apenas quatro produtos apresentaram variação negativa nas cotações na terceira quadrissemana de outubro. A maior queda foi para o preço da carne de frango (-8,96%). Os preços dos ovos caíram 8,36%, da cana-de-açúcar 1,91% e da carne bovina, 0,97%. Os técnicos explicam que os preços da carne de frango e dos ovos recuaram após a forte alta que provocou retração na demanda. A queda de preços da cana-de-açúcar cedeu à baixa das cotações dos produtos finais (açúcar e álcool).

As maiores altas nos preços no indicador foram verificadas na batata (+40,04%), no tomate para mesa (+27,51%), feijão (+25,77%), laranja para indústria (+16,71%), laranja para mesa (+13,32%), arroz (+9,62%), milho (+9,54%) e na soja (+8,14%). Os técnicos atribuem a alta dos produtos de origem vegetal ao prolongamento do período de seca. No caso do feijão, "os preços dispararam, mas com pouco efeito sobre a renda do produtor. Há muito pouco produto disponível e as primeiras colheitas da safra das águas deverão entrar no mercado nas próximas semanas", segundo o instituto.