Nos 146 anos, Silval diz que Várzea Grande é porta de entrada da Copa

  Apesar de não ser uma das 12 cidades sedes da Copa-2014, Várzea Grande, que completa 146 anos nesta quarta (15), acabou sendo beneficiada com obras de mobilidade urbana. O município vai receber terminais do VLT e o Aeroporto Marechal Rondon está sendo reformado. O governador Silval Barbosa (PMDB) ressalta que a cidade será a porta de entrada para as delegações esportivas, autoridades e turistas. “Nos seus 146 anos, Várzea Grande vive um novo ciclo de progresso que, somado ao seu passado, aponta para amplas perspectivas para a cidade e para seus habitantes”, observa o peemedebista.

 

 

  Só na remodelação do Aeroporto, o Estado está investindo R$ 91 milhões. Com as obras de ampliação, o local passará dos 5,4 mil m2 para 13,2 mil m2 , aumentando a capacidade de 2,5 milhões de passageiros ao ano para 5,7 milhões. “Mas não é apenas isto que faz a cidade importante. As suas origens a tornam potencialmente um espaço para o desenvolvimento do turismo", destaca.

 

  A Região Metropolitana também contará com o Centro Oficial de Treinamento (COT) do Pari, um complexo esportivo de 52 mil m2 de área, equipado com salas de imprensa, cabines de transmissão, vestiários, estacionamento. A estrutura recebe investimentos de R$ 25 milhões. As outras obras que também modernizam a cidade em função da Copa são o viaduto Dom Orlando Chaves e obras complementares; duplicação da rodovia e ponte Mário Andreazza; construção, duplicação e reforço da ponte sobre o Rio Pari e duplicação da Estrada da Guarita; reforma, ampliação e adequação do Aeroporto Internacional Marechal Rondon e COT Pari.

 

  O Governo do Estado ainda frisa que tem realizado capacitações por meio do programa “Mulheres empreendedoras”, que em sintonia com a Prefeitura de Várzea Grande, pretende melhorar a condição das mulheres. Além de procurar dar condições de valorização da cultura várzea-grandense. “Que em sua riqueza ímpar preserva os mais tradicionais valores mato-grossenses”, elogia Silval.

 

  Para Silval, as origens do município a tornam potencialmente um espaço para o desenvolvimento do turismo. "Vamos encontrar o aldeamento dos índios Guanás, que muito contribuíram para a cultura”. O governador se refere aos indígenas que ali se instalaram em 1843, que levaram da região do Chaco Paraguaio as técnicas de fiar, tecer e tingir o algodão.

 

  Os índios forneciam para Cuiabá as redes, peças de roupa e cintas que produziam manualmente e que ainda hoje são confeccionadas como artesanato regional. Silval ainda ressalta que logo depois Várzea Grande foi se transformando em cidade “que cresceu com o espírito do trabalho de dia e que reunia à noite homens e mulheres nas portas de casa, contando causos específicos de suas culturas, revivendo suas músicas nas violas de cocho, miscigenando polcas e guarânias e definindo nesta mistura o rasqueado”.

 

    A ampliação da relação comercial entre Várzea Grande e Cuiabá também é lembrada por Silval. Os paraguaios assumiram o fornecimento da carne, das boiadas que vinham de Livramento, Poconé, Rosário Oeste, manteadas e salgadas na então Várzea dos Vaqueiros. Mais recentemente, Várzea Grande, ao abrigar gente oriunda de todos os cantos do país, que vieram criar o Mato Grosso de hoje, virou a cidade industrial. “Ela atualmente divide com a Capital a cultura e o progresso, recebe do Governo do Estado o tratamento de cidade sede da Copa”, concluiu.