Número de mortes por arma de fogo cai 12% no Brasil, diz estudo
Em 2003, 39.325 pessoas morreram por arma de fogo. Em 2004, foram registradas 37.113 mortes. Houve redução também em 2005, com 36.060 mortes e, em 2006, foram 34.648.
Variação no número de mortes por arma de fogo:
Ano Nº de mortes por arma de fogo Variação %
2003 39.325 + 3,5%
2004 37.113 - 5,6%
2005 36.060 - 3,2%
2006 34.648 - 4,0%
Período entre 2003 e 2006 - 12%
Uma das principais causas de morte por arma de fogo é o homicídio, além de suicídio, acidente com arma e intenção não determinada. O homicídio é um crime cometido principalmente contra homens (92%), entre 15 e 39 anos (79%).
Em 16 estados e no Distrito Federal houve queda das taxas de mortalidade de homens por arma de fogo. Roraima é o estado que apresenta maior redução, com queda de 55,7%, seguido por São Paulo, com queda de 48,3% .
Já no Amazonas e em Alagoas foi constatado um aumento de 85,2% e 59,4%, respectivamente. Também houve crescimento da mortalidade no Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Ceará, Bahia e Sergipe
Taxa de mortalidade por arma de fogo entre pessoas do sexo masculino:
Estado 2003 2004 2005 2006
De 2003 a 2006
Acre 20,2 16,2 12,4 14,7 -26,9
Alagoas 52,3 50,7 60,0 83,4 59,4
Amapá 26,1 25,6 17,4 23,6 -9,4
Amazonas 11,9 15,3 16,7 22,0 85,2
Bahia 32,9 31,9 31,8 34,2 4,1
Ceará 22,7 23,7 25,3 25,9 14,1
Distrito Federal 51,1 45,9 39,8 35,9 -29,6
Espírito Santo 70,5 69,1 66,2 69,3 -1,7
Goiás 32,8 37,0 34,0 29,2 -11,0
Maranhão 12,2 12,1 17,1 14,0 14,7
Mato Grosso 43,2 33,6 35,5 30,9 -28,5
Mato Grosso do Sul 40,4 35,2 31,2 33,4 -17,4
Minas Gerais 30,3 34,3 32,0 27,0 -11,0
Pará 26,2 28,8 33,8 34,5 31,5
Paraíba 26,6 26,2 30,6 34,9 30,9
Paraná 36,1 38,5 39,8 40,1 11,2
Pernambuco 92,2 80,6 83,0 79,9 -13,4
Piauí 11,9 10,8 11,0 13,9 17,2
Rio Grande do Norte 22,3 25,2 26,5 27,2 21,9
Rio Grande do Sul 30,8 30,8 30,3 30,4 -1,2
Rio de Janeiro 90,1 85,0 80,4 69,9 -22,3
Rondônia 50,8 46,0 47,7 35,6 -29,9
Roraima 23,0 22,8 17,0 10,2 -55,7
Santa Catarina 16,4 14,5 14,4 13,5 -17,8
São Paulo 50,1 39,7 30,2 25,9 -48,3
Sergipe 37,4 31,5 32,3 38,7 3,5
Tocantins 19,1 16,5 13,2 13,1 -31,5
Na década de 1980, foram registrados 230.832 homicídios no país, contra 348.461 na década de 1990. Essa tendência de aumento se manteve nos quatro primeiros anos da década de 2000, mas, desde 2004, começou a declinar. Após registrar 51.043 homicídios, número máximo de vítimas no Brasil, o número de óbitos começou a apresentar uma queda contínua desde então.
Principais causas de morte para o sexo masculino (2005):
Ordem Causas Número de mortes Percentual
Total 582.311
1º Doenças isquêmicas do coração 54,2 9,4%
2º Doenças cerebrovasculares 49,8 8,6%
3º Homicídios 48,2 8,4%
4º Acidentes de transporte terrestre 32,3 5,6%
5º Doenças crônicas das vias respiratórias inferiores 24,0 4,2%
6º Pneumonia e Influenza 20,3 3,5%
7º Cirrose e doenças do fígado 19,5 3,4%
8º Afecções perinatais 18,8 3,3%
9º Diabetes mellitus 19,3 3,3%
10º Insuficiência cardíaca 15.511 3,0%
Motivos da queda
De acordo com o Ministério, uma das principais razões para a diminuição do número de mortes por arma de fogo no país foi o impacto da criação do estatuto do desarmamento e das ações de recolhimento de armas.
Segundo o governo, os estados recolheram poucas armas são aqueles que mantiveram os altos índices de morte, como Pará, Piauí, Maranhão e Amazonas.
Por outro lado, a maior parte dos estados que recolheram mais armas são justamente aqueles que estavam em uma situação pior, com grande incidência de homicídios. Porém, com essas ações tiveram como conseqüência a redução na mortalidade por arma de fogo, como Pernambuco, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e São Paulo.
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