TSE pró-fidelidade partidária fortalece ainda mais caciques
Esses líderes se fortalecem porque agora ocupantes de cargos majoritários (presidente, vice, senadores e prefeitos) e proporcionais (vereadores, deputados federais e estaduais) ficarão amarrados aos partidos pelos quais foram eleitos.
Dessa forma, os caciques terão ainda mais influência e poder de barganha, já que não falarão apenas em nome da estrutura partidária mas também em nome dos mandatos dos quais a agremiação tem poder. Diante disso, os candidatos eleitos ou terão que se sujeitar às regras dos dirigentes ou partir para o enfrentamento, o que é difícil porque as legendas em Mato Grosso são dirigidas a mão de ferro e através de uma grande corrente de apoiadores que não permitem qualquer insurreição.
Os principais partidos no Estado são dominados há anos pelos mesmos grupos políticos. Apesar das trocas combinadas nos cargos de presidente, geralmente são as mesmas oligarquias que comandam as siglas. O deputado federal Carlos Bezerra é o que comanda uma única agremiação há mais tempo.
Bezerra preside o PMDB desde 1995. Apesar disso, ele nega que o fato prejudique a legenda, já que a renovação no partido não depende da nomeação do presidente e sim de uma eleição. O PSDB elegeu ontem o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, como o seu novo presidente, mas ele sempre militou no grupo dos ex-presidentes Antero Paes de Barros e Dante de Oliveira.
O DEM, que herdou os militantes do extinto PFL, é comandado há mais de duas décadas pelo mesmo grupo ligado às famílias dos senadores Jaime Campos e do senador Jonas Pinheiro. O PP passa por uma mudança, já que o deputado federal Pedro Henry foi jogado ao ostracismo político devido às denúncias de corrupção. A legenda agora é conduzida pelo deputado federal José Riva.
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