Jovem morre após abortar a pedido de seu namorado em clínica clandestina em Cuiabá
A denúncia foi feita ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), do bairro Verdão em Cuiabá pela vendedora autônoma Ana Lúcia dos Santos Arruda, 45. Ela disse que a filha foi fazer o aborto sem seu conhecimento. O dinheiro teria sido dado pelo ex-namorado que disse a jovem que reataria com ela somente se ela tirasse a criança, já que ele não tinha intenção de ser pai. Com a morte precoce da filha, Ana Lúcia agora se preocupa com o futuro do neto, de apenas 10 anos, que terá que ser criado por ela. "Ela não deixou nada para o menino. Ela estava desempregada e eu sei que vou ter muita dificuldade para criá-lo", assegura Ana Lúcia que recorreu à Polícia para tentar fazer Justiça.
A única informação sobre a clínica de aborto clandestina fernecida pela filha, era de que ficava em uma chácara na região do Sucuri. A mulher que fez o crime é conhecida como "Dona Néia". Uma amiga de Alessandra disse à Ana Lúcia, que este seria o terceiro aborto que a jovem fez no local. Nos outros dois o namorado, que estava com ela há três anos, a teria levado pessoalmente em seu carro. Neste último, como ele já estava morando em Juara, mandou o dinheiro para ela abortar. A revolta da mãe da jovem está no fato de o namorado não ter comparecido nem ao enterro nem funeral. Ela não conseguiu manter nenhum contato com ele depois da morte de Alessandra.
O delegado Fábio Silveira, do Cisc Verdão, disse que os investigadores tentarão localizar a clínica e se ficar comprovada a existência a responsável responderá pelo Artigo 126, com pena de reclusão, de 1 a 4 anos.
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