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Economia
Quinta - 18 de Outubro de 2007 às 15:08

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O horário de verão foi instituído para facilitar a economia de energia nos meses mais quentes do ano. Mas especialistas contestam a afirmativa. Segundo eles, a medida ajuda a manter o Sistema de Distribuição sem sobrecarga. Só que, dificilmente representa redução na conta paga pelo consumidor. O motivo seria a cultura do desperdício, instalada, inclusive, no Poder Público.

Algumas pessoas não se acostumam e tem gente que acha muito bom. Uma polêmica de muitas faces. No lado econômico, tem consumidores que gastam menos energia e os que não percebem nenhuma diferença na conta. Já no comércio, o consumo de energia não diminui para muitas lojas.

O gerente de uma loja na capital, Gilson Siqueira, afirmou que gasta mais. O ar condicionado fica ligado mais tempo, e como no final do expediente o dia ainda está claro, aparecem mais clientes."O resultado no fim do mês, é que a conta está com o valor bem maior", afirmou o gerente.

A economia de energia no horário de verão é mínima, explicou o engenheiro eletricista Ildomar Freitas. Para ele, a principal finalidade é evitar possíveis apagões pela sobrecarga no Sistema Nacional. O eletricista disse que a economia de energia é pequena, mas o deperdício é elevado em todos os setores e níveis de consumo.

"Nós temos uma energia com maior segurança, com confiabilidade. Então evitamos um consumo exagerado normalmente entre as 18h até 19h30. Então consegue-se diluir esse consumo e aliviar o sistema. Mas as pessoas não vão sentir diferença nenhuma no consumo", disse o engenheiro.

Desperdícios de energia ocorrem em qualquer hora, inclusive, durante o dia. Não só nas residências, mas até na iluminação pública. Só em uma avenida de Cuiabá, em um trecho de 50 metros, quatro lâmpadas estão acesas desnecessariamente. Segundo engenheiros eletricistas, um gasto significativo para a cidade, e quem paga a conta no final é o consumidor.

Para quem não percebeu, a Contribuição de Iluminação Pública (CIP) vem discriminada na conta de luz.. Muita gente já sabe e sente todo fim de mês. O engenheiro explicou que iluminação pública funcionando em dia de sol, não tem nenhuma relação com o horário de verão, já que as lâmpadas são ativadas por sensores de luz. "Isso é puramente falta de manutenção. Acaba sendo comum andar pela cidade e verificar um monte de lâmpadas acesas e são lâmpadas de grande potência que realmente consomem bastante", afirmou o eletricista.

O secretário de infra-estrutura do município de Cuiabá, Euclides dos Santos, disse que mesmo tendo ampliado as equipes de manutenção, algumas lâmpadas continuam acesas porque o monitoramento deve ser constante. Ele informou que este problema deve ser resolvido quando for implantado o Programa de Modernização do Sistema de Iluminação Pública, previsto para até o fim deste ano.

Apesar dos questionamentos, os donos de bares e restaurantes esperam lucrar 10% a mais com o aumento do movimento de clientes no horário de verão. Confira também uma matéria sobre uma cidade de Mato Grosso que não aderiu ao novo horário.




Fonte: TVCA

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