Mesmo baleado, Baré fez a campanha e se reelegeu prefeito
O sargento da Polícia Militar de Goiás, Dianary Lobo, acusado de tentar matar o prefeito de Bom Jardim, em Goiás, Cleudes Bernardes Baré (PSDB), será submetido a Júri Popular ainda neste ano. Esse foi resultado da audiência de pronúncia e instrução realizada pela comarca de Aragarças no início de maio.
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás que recusou o recurso impetrado pelo militar, que tentou anular a pronúncia em primeira instância. Agora, mesmo sendo militar, Dianary será julgado pelo Júri formado de sete pessoas como ocorre com qualquer cidadão comum.
Na denúncia o Ministério Público Estadual (MPE) relata que o sargento efetuou dois tiros de espingarda contra Baré, que estava de carro e chegava em uma chácara, na zona rural do município goiano a 32 km de Barra do Garças. O crime aconteceu em julho de 2012.
Um dos tiros acertou o ombro do prefeito e outro na lataria do veículo. Baré foi submetido a várias cirurgias e fez a campanha com uma tala no ombro e se reelegeu prefeito de Bom Jardim.
A interceptação dos registros telefônicos do militar, feita pela Polícia Civil, evidenciaram a participação do militar no ilícito. Outra prova seria um veículo Golf preto foi visto sendo dirigido pelo autor dos disparos e que a característica do veículo coincide com relato da vítima.
O casal de caseiros que trabalhava na chácara do prefeito chegou a ser preso acusado de colaborar com informações para o crime. Esse casal negou, mas contaram versões divergentes em defesa na época.
Um dos motivos da tentativa de homicídio seria a revolta do sargento com o pedido de transferência que o prefeito fez do militar. Baré nega esse pedido e diz que nunca teve nenhum problema de ordem pessoal com o sargento.
Dianary encontra-se recolhido em um batalhão em Goiânia onde aguarda julgamento.
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