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Politica Brasil
Sábado - 13 de Outubro de 2007 às 08:39

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O senador Tião Viana (PT-AC) assume na segunda-feira a presidência do Senado no lugar de Renan Calheiros (PMDB-AL). O peemedebista anunciou ontem que está se licenciando do cargo por 45 dias.

Viana disse que sua "primeira missão" será trabalhar para "pacificar" a Casa, informa nesta sexta-feira reportagem de Vera Magalhães, do "Painel" da Folha (íntegra só para assinantes da Folha ou do UOL).

Segundo a reportagem, Viana recebeu um telefonema de Renan uma hora e meia antes do anúncio oficial da licença de 45 dias do peemedebista. Ele teria ouvido de Renan que faria um gesto pelo "distensionamento" das relações no Senado.

A Folha informa que Viana disse que pretende reunir os líderes já no início da semana e que definirá procedimentos para a retomada dos "trabalhos legislativos".

Renan

Alvo de três processos por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética, Renan disse em pronunciamento para a TV Senado que não precisa do cargo de presidente do Senado para se defender. "O poder é transitório, enquanto a honra é poder permanente que não sacrifico em nome de nada."

"Agindo assim, afasto de uma vez por todas o mais recente e injusto pretexto usado para tentar dar corpo à inconsistência das representações, enviadas sem qualquer indício ou prova ao Conselho de Ética do Senado Federal", disse o peemedebista em seu pronunciamento.

Ao anunciar seu licenciamento, ele fez questão de dizer que quer evitar constrangimentos como a sessão da última terça-feira, quando vários senadores pediram para ele deixar o cargo. "Com este meu gesto, que é unilateral, preservo a harmonia do Senado, deixo claro o meu respeito pelos interesses do país, e homenageio sem dúvida as altas responsabilidades das funções que exerço, contribuindo decisivamente para evitar a repetição dos constrangimentos ocorridos na sessão de 9 de outubro."

No pronunciamento, Renan voltou a reafirmar que é inocente e disse que vai enfrentar os processos "à luz do dia, com dignidade, sem subterfúgios". "Não lancei mão das prerrogativas de presidente do Senado em meu benefício ou contra quem quer que seja. A minha trincheira de luta sempre foi a inflexível certeza da inocência, a qual estou convicto, prevalecerá com a verdade, como aconteceu na minha absolvição."





Fonte: Folha Online

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