Suspeito de participação em 'racha' no DF se entrega à polícia

Depois de quatro dias desaparecido, o motorista da caminhonete que se envolveu no acidente que resultou em três mortes, no sábado (6), em Brasília, Marcelo Costa Sales, 23 anos, apresentou-se à polícia. Segundo o advogado dele, Marcelo é músico e passou pela ponte no horário do acidente, mas não participou de nenhum "racha".

A camionete S-10, suspeita de ter participado com um Golf de um "racha" na Ponte JK foi apreendida pela polícia nesta quarta-feira (10) e passará por uma perícia. O "pega" resultou na morte de três mulheres. As vítimas estavam no banco de trás de um Corolla, atingido pelo Golf conduzido por Paulo César Timponi, 49 anos. A S-10 saiu ilesa do acidente e fugiu.

"Ele ultrapassou a ponte e não viu Golf nenhum e não conhece Paulo César Timponi. Ele passou e seguiu seu caminho. Ele estava indo para outro show", disse o advogado Ronaldo Cavalcante.

Zigue-zague

Segundo o delegado-chefe da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), Antônio Cavalheiro, depois de prestar depoimento, o motorista da caminhonete será liberado. "A S-10 foi identificada e o motorista, também. Cabe a nós, agora, provarmos a participação ou não do cidadão no acidente. Se ficar provada a participação no 'pega', que provocou a morte das três vítimas na Ponte JK, ele será preso também", afirma o delegado.

Na última terça-feira (9), foi decretada a prisão preventiva de Timponi. A perícia encontrou no Golf garrafas de bebidas alcoólicas, cocaína e maconha. Ao prestar depoimento, ele usou do direito de ficar calado.

Duas testemunhas que viram o acidente prestaram depoimento nesta quarta-feira. Um promotor de Justiça contou que foi ultrapassado por um carro e logo em seguida por uma caminhonete. Os carros, segundo ele, faziam zigue-zague e deviam estar a 150 km/h.