Lei de Zé Domingos obriga hospitais a possuir mini-biblioteca para pacientes
O ambiente hostil de um hgospital pode causar depressão em crianças e adolescentes que necessitam ficar internados, muitas vezes, por tempo indeterminado. Para amenizar, ao menos em parte, este desconforto, foi sancionada pelo governador do estado, no último dia 02, a lei 8718, de autoria do parlamentar Zé Domingos Fraga (DEM), que determina a implantação de mini-biblioteca pública ou banca de livros em hospitais públicos e ou conveniadas ao SUS para atender as crianças com doenças variadas.
O objetivo da lei é propiciar aos doentes momentos de lazer, através da leitura, colaborando com o passar do tempo e consequentemente com a melhora de sua saúde.
Em sua justificativa, quando apresentou o projeto de lei, o parlamentar mencionou que com a lei em vigor, tanto os pacientes quanto às unidades de saúde terão ganho no campo preventivo e curativo com a implantação das mini-bibliotecas, colaborando com um bom estado emocional, tratamento e cura desses pacientes.
Segundo o autor da lei, o doente, tendo que esperar e suportar o tratamento e sua recuperação, vive um tempo cronológico diferente. O tempo psicológico do enfermo varia de situação para situação, de momento para momento e de indivíduo para indivíduo. Além disso, o acompanhante do mesmo modo tem preocupações causadas pelo temor da doença contraída pelo seu familiar, juntando-se ainda a ansiedade pelos negócios, afazeres, demais parentes e seu lar.
“Acolher este paciente, se tornar amigo dele, deixá-lo confiante e oferecer-lhe entretenimento e conforto psicológico também é um dever”, disse, destacando ainda que “bom livros poderão dar esperança e encorajamento e ainda influenciarão no estado emocional do paciente.
Isso porque quando somos motivados por sentimentos agradáveis e bons pensamentos, as pessoas usufruem de vantagens emocionais com possibilidade de aceitarmos melhor as horas de tédio e os momentos de ansiedade”.
A literatura que deverá ser implantada é de cunho infanto-juvenil e precisará ser capaz de minimizar o estado de tensão que envolve o paciente em tratamento de saúde e seus respectivos familiares. O empréstimo deve ser livre e gratuito e a organização dos serviços, normas, procedimentos e rotinas operacionais serão estudados com particularidade por cada unidade de saúde. Os livros poderão ser doados pela comunidade, grupos e patrocinadores.
Outro ponto que não está dentro da lei, mas o deputado salientou é que o hospital poderá implantar o sistema de carrinhos-biblioteca que acondicionam o acervo e percorrem pelas dependências dos hospitais usando de uma metodologia previamente estruturada pela equipe de monitores da instituição. O intuito é atrair o paciente para a leitura, pois este pode estar desanimado com as conseqüências da doença.
O importante destacou Zé Domingos, é que cada instituição se prepare para este atendimento. “Sabemos que haverá um custo inicial para a implantação da mini-biblioteca, o que é uma preocupação fundamental, mas vale o custo–benefício. É um elemento menor quando o retorno gerar um bem maior.”, finalizou o parlamentar.
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