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Politica Brasil
Quarta - 10 de Outubro de 2007 às 15:03

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A frente suprapartidária que pede o afastamento imediato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estabeleceu um calendário de ações para pressionar o senador a deixar o cargo e o mandato. O lançamento da frente ocorreu no Salão Verde da Câmara, quando um grupo de deputados de diferentes partidos apresentou o plano de ação. Todas as quartas-feiras o grupo fará atos contra Renan. Para a próxima semana, está marcado o lançamento de um livro com assinaturas de deputados e de senadores contra a permanência do senador no Congresso.

"Chegou o momento de ter uma atitude mais firme", afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). "A nossa ação pretende estimular a sociedade, de diferentes maneiras, a retomar a pressão pelo `Fora Renan''", continuou Alencar. O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) leu um documento, no qual serão recolhidas assinaturas, que pede a saída de Renan para garantir a isenção das investigações contra o senador e para preservar a instituição do desgaste político. "Não queremos que ele presida a sessão do Congresso", disse Macris.

Pela Constituição, o presidente do Senado preside as sessões do Congresso, quando Câmara e Senado se reúnem conjuntamente. "Vamos retomar a pressão. A idéia é paralisar o Congresso e não só o Senado. Será uma manifestação permanente", disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP). A idéia do lançamento da frente suprapartidária de deputados e de senadores surgiu durante jantar realizado ontem. Segundo o grupo, 52 deputados e 16 senadores integram a frente. Entre os partidos representados no grupo há parlamentares do PMDB, PSDB, PSOL, PSB, PV, PPS e DEM.

No jantar, também ficou combinado que os parlamentares procurarão setores da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para intensificar as ações e manifestações pela renúncia do presidente do Senado. O deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC) disse que a intenção do grupo é reunir, por exemplo, servidores e parlamentares críticos do presidente do Senado num abraço simbólico ao Congresso. O efeito político do jantar, segundo os presentes, era mostrar que a crise no Senado contagiou todo o Congresso.

O motivo primeiro da reunião foi fazer um desagravo aos senadores peemedebistas Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), destituídos, por ordem de Renan, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Também foi condenada a suposta operação de espionagem que Renan teria encomendado contra os senadores de oposição de Goiás, Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB). Esta última acusação resultou na quinta representação contra Renan no Senado. O documento foi protocolado na última terça-feira pelo DEM e o PSDB.





Fonte: AE

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