Militantes do PPS brigam e acabam presos no Senado
Vestidos de monges franciscanos, eles carregavam chinelos de dedo nas mãos para presentear os senadores. Os manifestantes foram barrados por um batalhão de policiais. Houve tumulto, troca de socos e pontapés. Há duas semanas, depois que os governistas do PMDB ajudaram a derrotar a Medida Provisória (MP) 377 que criaria a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo da Presidência da República, do ministro Mangabeira Unger, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) disse que os senadores peemedebistas não queriam cargos, apenas uns "chinelinhos" e uma "roupinha de franciscanos" novos.
Ao fim de cerca de dez minutos de muita truculência por parte dos seguranças do Senado, os manifestantes do PPS foram detidos. Informados do episódio, os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS) correram até a Polícia do Senado na tentativa de fazer com que soltassem os manifestantes. Saíram dez minutos depois, sem sucesso e revoltados. "Ninguém houve mais um senador da República. Chegamos a tal ponto que nem o policial do Senado atende ao apelo de um parlamentar", disse, irritado, Vasconcelos.
"Tudo isso é o resultado do quadro do clima do Senado", resumiu. Simon fez coro e responsabilizou Renan pelo incidente. "As manifestações mostram o sentimento da sociedade e o momento difícil que o Senado vive. Tudo tem um único culpado, que é o senhor Renan Calheiros. Espero que ele saia ou deixará o Senado da pior maneira, humilhando, levando a Casa ao ridículo". A Polícia do Senado justificou a prisão dos jovens amparada no Regimento, que não permite manifestações nas dependências internas do prédio.
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