TRT cassa liminar e autoriza Prado disputar 3º mandato a presidência da Famato

Sob argumento de que a decisão da última sexta-feira, da magistrada da Justiça do Trabalho, Rachel Albuquerque de Medeiros Mello, teria sido exagerada não prevendo possíveis prejuízos em decisão temporária quanto ao fato de Rui Prado, atual presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso - Famato, não poder disputar por estar inelegível, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, Tarcísio Regis Valente, cassou os efeitos da medida cautelar, devolvendo ao atual presidente a prerrogativa de disputar na próxima terça-feira a eleição contra Antônio Galvan.

 

 

Segundo os advogados Daniel Teixeira, Luiz Fernando Valdrink e Eder Pires, quatro argumentos foram apresentados à Justiça do Trabalho contestando a decisão que considerou Rui Prado inelegível. O primeiro de que Prado não foi reeleito, já que dá primeira vez em que assumiu a presidência estava na condição de interino, já que teria sido eleito vice-presidente da chapa encabeçada pelo hoje deputado federal, Homero Pereira (PSD).

 

 

"Este é o argumento mais forte, por ter dado vazão a decisão anterior que considerou Rui Prado como inelegível", disse o advogado Daniel Teixeira que defende Rui Prado.Segundo ele, outro argumento considerado pelo presidente do TRT, desembargador Tarcísio Régis Valente é quanto a decisão administrativa da maioria esmagadora dos representantes sindicais com assento na Famato que em reunião prévia desacolheu os argumentos da chapa de Antônio Galvan de que Rui Prado já teria sido reeleito por 50 votos favoráveis contra apenas três votos.

 

 

A disputa por mais que seja salutar e democrática acabará esvaziando a Famato com a possibilidade do desligamento de vários sindicatos que rejeitam a tese da politização partidária da instituição que tem como meta principal a defesa dos interesses dos produtores e criadores de Mato Grosso que hoje é o maior produtor de grãos do Brasil e detém o maior rebanho bovino com mais de 30 milhões de cabeças.

 

 

Em 2012, do superávit da Balança Comercial do Brasil, estimado em US$ 19,7 bilhões, 66% ou US$ 12,8 bilhões vieram do agronegócio de Mato Grosso, o que coloca o Estado no centro das atenções nacionais e desperta a disputa pelo poder dentro da Famato que é a maior representante de classe do Estado.