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Politica Brasil
Terça - 09 de Outubro de 2007 às 08:26
Por: Jonas Jozino

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Nem a senadora Serys Marli (PT-MT) escapa da mira do presidente do Senado Renan Calheiros que para conseguir se manter no poder usa de todos os argumentos, lícitos ou dos mais sujos para convencer os senadores a não o cassarem.

Depois de ter sido denunciado como mandante de espionagem aos deputados Demóstenes Torres (DEM-GO), e Marconi Perillo (PSDB-GO) e de ter mandado afastar da Comissão de Constituição e Justiça, órgão responsável para avaliar se algum parlamentar deve ou não ser cassado, os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Renam partiu para outros méritos imorais para não perder nem o cargo de senador e muito menos a presidência da casa. Mandou a direção do Senado fazer um raio X dos gastos oficiais de todos os senadores.

E é neste raio X que Renan e seu grupo chegou até a senadora mato-grossense Serys Marli, considerada uma das mais éticas da casa. O raio X consiste em saber todos os gastos efetuados por cada um dos senadores, principalmente com a verba indenizatória de R$ 15 mil que é destinada a cada um mensalmente para gastos de gabinete. Os 81 senadores são obrigados a entregarem notas a cada três meses.

O agente de Renan para pressionar os senadores é Agaciel da Silva Maia, que pediu à Secretaria de Controle Interno uma cópia, em papel, da prestação de contas da verba indenizatória de todos os 81 senadores. O movimento do diretor-geral fez parte de uma série de ações organizadas que ameaçam votar a favor da cassação de Renan. As informações obtidas por Agaciel serviriam como munição porque, em muitos casos, as notas apresentadas seriam frias, indicariam gastos incompatíveis ou inapropriados. Nas mãos de Renan e de sua tropa de choque, o rol de supostas irregularidades representaria o aumento de poder de barganha e intimidação perante os senadores flagrados em deslizes, com a senadora mato-grossense.

A produção do dossiê foi confirmada ao jornal O Estado de S. Paulo ontem por três pessoas. Elas contaram que Agaciel teria agido a mando de Renan.

Vários senadores confirmaram a suspeita de que havia vazamento da prestação de contas de colegas. O primeiro sinal de que o rastreamento havia sido feito foi emitido por Renan em 12 de setembro, data de sua absolvição no primeiro processo de cassação. Na sessão secreta, ele fez ameaça direta ao senador Pedro Simon (PMDB-RS), que teria apresentado notas da produtora da jornalista Mônica Veloso para justificar parte de seus gastos referentes à verba indenizatória.

Renan fez outras ameaças. Ao todo, já levantou suspeitas sobre dez colegas. Um parlamentar resumiu assim a estratégia do presidente do Senado: "Ele está utilizando a tática do gambá: espalhando mau cheiro para todo lado na tentativa de igualar todos." Além da senadora mato-grossense Serys Marli estão na mira de Renan Calheiros e sua tropa de choque os senadores: José Agripino Maia (DEM-RN), Tião Viana (PT-AC), Pedro Simon (PMDB-RS), Ideli Salvatti (PT-SC), Jefferson Péres (PDT-AM), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Aloizio Mercadante (PT-SP), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).

Com informações são do jornal O Estado de S.Paulo





Fonte: 24 Horas News

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