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Politica Brasil
Terça - 09 de Outubro de 2007 às 07:52
Por: Juliana Scardua

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Segundo informações, o conselheiro Ubiratan Spinelli, o mais velho no Tribunal de Contas, já admite se aposentar nos próximos meses.

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Ubiratan Spinelli deverá deixar o cargo rumo à aposentadoria vitalícia em dezembro, mais tardar em janeiro. A manifestação já decretada perante a cúpula do órgão acirra a corrida nos bastidores pela cobiçada vaga no Poder. A lista de cotados incorpora os nomes dos deputados Humberto Bosaipo, Homero Pereira, o secretário de Fazenda, Waldir Teis, e ainda o secretário de Saúde, Agostinho Moro.

As informações que ventilam pelos corredores do Tribunal de Contas apontam para a presença constante de Teis na sede do órgão nos últimos dias, especialmente pelos gabinetes dos conselheiros, o que evidencia o ensaio à indicação ao conselho deliberativo. Numa eventual saída da Sefaz, acredita-se que Teis seja substituído por outro membro do staff – Éder Moraes, presidente da MT Fomento, que nos últimos meses ganhou prestígio junto ao Palácio Paiaguás com a condução da proposta de renegociação da dívida pública do Estado.

Na semana passada, ao menos Homero Pereira (PR) negou tal projeto pessoal. Já o deputado Humberto Bosaipo (DEM) manifestou em entrevista anterior que pretende primeiro concluir o mandato na Assembléia Legislativa antes de qualquer projeto político diverso. Considerado um dos políticos mais influentes da Casa de Leis, o democrata cumpre nesta legislatura o quinto mandato consecutivo no Parlamento estadual.

Apesar da negativa no discurso oficial, assessores ligados a Humberto Bosaipo confirmam as articulações “avançadas” rumo ao TCE. Advogado por formação e com forte trânsito junto aos Poderes, fontes do legislativo apontam que o nome de Bosaipo arrebanha praticamente consenso na Casa. No caso de Bosaipo, a vantagem perante os demais citados está no fato de que há o entendimento de que a próxima cadeira no TCE seja preenchida sob o crivo da Assembléia.

Seja qual o nome do futuro conselheiro do TCE, a vaga é encarada sob a pecha da “aposentadoria confortável” ao final da carreira política. O “Eldorado” é amparado tanto no prestígio ostentado pelo cargo como no vultoso ganho mensal – R$ 22 mil. No caso de Bosaipo, o novo salário representaria a incorporação de quase 80% ao salário atual de deputado estadual, de R$ 12,3 mil. Para Homero, a expansão salarial seria de 33%. Ele recebe hoje R$ 16,5 mil como deputado federal.

Já Waldir Teis e Agostinho Moro, com o salário individual de cerca de R$ 11 mil como secretário de Estado, assegurariam um incremento de 100%, a maior incorporação entre os cotados. Seja quem for o escolhido, o período agora é de espera pela aposentadoria de um dos sete membros do Pleno do órgão auxiliar, neste caso Ubiratan Spinelli.





Fonte: Diário de Cuiabá

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