Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Segunda - 08 de Outubro de 2007 às 14:56

    Imprimir


O líder do Democratas, senador José Agripino (RN), adotou o discurso da cautela e disse que vai esperar um pronunciamento de defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), antes de entrar com nova representação. Reportagem publicada pela revista "Veja" acusa o assessor especial de Renan, Francisco Escórcio, de articular um esquema para espionar os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).

"A palavra está com o Renan. Ele sempre se justificou. Se os argumentos não forem convincentes, haverá representação", anunciou Agripino.

Segundo a reportagem, o senador Demóstenes Torres teria sido avisado da "trama" pelo empresário Pedro Abrão. Ex-deputado, Abrão teria recebido Escórcio em Goiânia. No encontro, o assessor de Renan teria pedido para instalar câmeras de vídeo em um hangar de aviação comercial, comandado pelo empresário, para gravar a movimentação dos senadores de oposição.

Ainda de acordo com a reportagem, o objetivo do assessor de Renan seria montar um dossiê para pressionar os parlamentares, que repetidamente defendem o afastamento do peemedebista da presidência do Senado. Francisco Escórcio nega que tenha feito a movimentação e o presidente Renan Calheiros deve divulgar uma nota, nesta segunda-feira (8), para rebater as acusações.

Espião

O líder do Democratas disse que o partido terá "cautela" para eventualmente entrar com a quinta representação contra Renan. A legenda deve aguardar um embate em plenário do presidente do Senado com Demóstenes Torres e será a avaliação deste momento que resultará ou não em uma nova denúncia no Conselho de Ética.

"As pessoas envolvidas podem e devem depor. Seu Chiquinho [Francisco Escórcio] circula pelo plenário livremente. Ele circula como ex-parlamentar [Francisco foi suplente do ex-senador Alexandre Costa] ou como espião?", questionou o líder.

José Agripino ainda rebateu as insinuações de que Renan estaria montando um dossiê, que atingiria o deputado Felipe Maia (DEM-RN), filho do líder do partido no Senado. "Estamos chegando ao limite do insustentável. Os fatos que estão postos demonstram claramente que o clima é o pior que poderia estar. Se a intenção é acusar, que desembuche logo", insistiu Agripino.





Fonte: G1

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/203718/visualizar/