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Politica Brasil
Sábado - 06 de Outubro de 2007 às 03:38

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O deputado Clodovil Hernandes não ficou nem oito meses no partido pelo qual se elegeu para seu primeiro mandato, o PTC. Há menos de dez dias, o apresentador de programa de TV transferiu-se para o PR e agora está sob risco de perder o mandato.

O PTC não esperou nem 24 horas da filiação de Clodovil ao novo partido e formalizou, no dia 27 do mês passado, um pedido para que a Câmara declarasse vago seu cargo e chamasse o suplente do partido, seguindo os mesmos passos do DEM, do PSDB e do PPS na tentativa de reaver o mandato do infiel. Agora recorrerá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Obra divina

Clodovil considera que não deve nada ao PTC, seu primeiro partido, ao qual se filiou em 2005. “O meu mandato foi Deus que me deu. Ele (Daniel Tourinho, presidente do PTC) não ajudou nada. Tive o mandato porque me comportei direito nos 70 anos de vida”, resumiu ele, no ato de filiação ao PR.

Eleito com quase 500 mil votos, o deputado destaca que não dependeu para garantir sua vaga dos eleitores que optaram apenas pela legenda ou por outros candidatos. “Quem votou no PTC? Foi o Clodovil que deu votos para o partido e não o partido que deu votos para ele. Vão cassar 500 mil votos?”, concordou o líder do PR, deputado Luciano Castro (RR).

Falta de apoio

Clodovil saiu do PTC reclamando que o partido não deu nenhuma estrutura para o exercício do mandato. Além disso, a sigla queria que ele se afastasse quando ficou doente, para que o suplente, Coronel Paes de Lira, que recebeu menos de 7 mil votos, assumisse a vaga. O deputado não aceitou.

O parlamentar ainda considera que o PTC poderia ter criado uma estrutura partidária com assessoria especializada, porque engordou a cota de fundo partidário com sua votação, a maior de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.





Fonte: AE

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