Em MT, deputados e vereadores se mobilizam para garantir mandato
Os deputados Guilherme Maluf (que trocou o PSDB pelo PMDB há duas semanas) e Walter Rabello (que deixou o PMDB para ingresso no PP) já estão se mobilizando, por meio de seus assessores jurídicos para fazer justificar a ‘infidelidade’ partidária e para garantir o mandato. Além deles, sete vereadores (Lutero Ponce, Dilemário Alencar, Deucimar Silva, Leve Levy, Éden Capistrano, Luiz Poção e Lueci Ramos) também se movimentam para evitar os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, após uma votação de nove horas, decidiu que os mandatos são do partido e não do político.
Agora, com a decisão final deixada para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fica a expectativa de que com o argumento de que não é prevista a perda de mandato por infidelidade (já que não houve reforma política) esses políticos possam manter o mandato. Em Várzea Grande, os que têm mais risco de perder o mandato são Antônio Cardoso Neto e Wanderlei Cerqueira, que se filiavam ao Partido da República (PR) a convite do prefeito Murilo Domingos.
Assim os demais, eles estão na zona de perigo porque a decisão do STF mantém o mandato dos infiéis que trocaram de sigla até antes de 27 de março deste ano. Mas há um outro, Domingos Sávio, que recentemente trocou o PTB pelo PR. Ele pode ser salvo, porém, se a desfiliação do PTB ocorreu antes de março.
Em todo o Mato Grosso, dos 141 municípios, perto de 170 vereadores que trocaram de sigla após 27 de março estão na mesma situação.
Com essas restrições, o STF anistiou vários deputados que mudaram de legenda antes da decisão do TSE.
A decisão do STF foi embasa no fato de o troca-toca contraria a vontade dos eleitores e cria uma política baseada nos partidos políticos "Ao fazer opção por essa partidocracia, o que o TSE fez foi alijar o eleitor do processo", argumentou o relator Eros Grau, que ponderou, entretanto, que a Constituição não define que deve perder o mandato o parlamentar que trocar de partido. Daqui para frente a movimentação política deve se acentuar muito.
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