Repórter News - reporternews.com.br
Cultura
Sexta - 05 de Outubro de 2007 às 04:35

    Imprimir


A avaliação de que os prejuízos causados pela pirataria vinham aumentando rapidamente, com a estimativa de 1 milhão de cópias ilegais vendidas, levou os distribuidores a antecipar para hoje a estréia, antes marcada para o próximo dia 12, de "Tropa de Elite", primeiro longa de ficção do diretor José Padilha.

Nem um pouco agradável, a condição de best-seller do mercado ilegal --até então, exclusividade de superproduções internacionais-- serve ao menos de bom termômetro para o interesse por esse controvertido mergulho no confronto entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro.

Quem vive diariamente no olho do furacão e narra para o espectador a sensação barra-pesada de estar ali é Nascimento (Wagner Moura), oficial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Prestes a se tornar pai e pressionado pela mulher (Maria Ribeiro), ele quer largar o front, mas precisa antes encontrar um substituto.

Os dois recrutas que considera mais promissores para sucedê-lo são Neto (Caio Junqueira) e André (André Matias). Enquanto os avalia, Nascimento ultrapassa o limiar de discernimento entre o certo e o errado, e passa a considerar que suas ações obedecem a um código moral próprio. Está longe de ser herói, mas também não é apresentado como vilão.

Com a estrutura típica de filme policial sobre os "assuntos internos" da corporação, "Tropa de Elite" tem parentesco com os documentários "Notícias de uma Guerra Particular", de João Moreira Salles, e "Ônibus 174", também de Padilha, e com "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, na abordagem, sob fogo cerrado, da desigualdade social, da criminalidade e da corrupção policial.





Fonte: 24 Horas News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/204197/visualizar/