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Politica Brasil
Quinta - 04 de Outubro de 2007 às 23:23

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou na noite desta quinta-feira (4) que tenha articulado a expulsão dos senadores Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS) da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ).

"Eu não sou líder do PMDB. Eu sou presidente do Senado Federal. Vocês esquecem sempre disso. Eu sou presidente de uma instituição suprapartidária. Eu não sou líder do PMDB. O líder do partido disse que foi uma decisão da maioria da bancada. Vocês devem perguntar isso ao líder Valdir Raupp (RO)", afirmou Renan.

Mas para o senador Pedro Simon existem dois responsáveis diretos pelo afastamento dele e do senador Jarbas Vasconcellos da CCJ: Renan Calheiros e José Sarney (AP). “Eles não tem avaliação do que é princípio. Eles não estão preocupados com a imagem do Senado perante a sociedade. Eles perderam a noção do limite”, disse o parlamentar gaúcho. Os novos integrantes da CCJ pelo PMDB são os senadores Almeida Lima (SE) e Paulo Duque (RJ).

Em conversa com jornalistas, Renan disse que considerava estranho o ataque dos senadores. Lembrou, por exemplo, que não foi ele quem tentou destituir um integrante da Mesa Diretora (no caso, o próprio Renan) por projeto de resolução. O presidente da Casa se refere à proposta, aprovada nesta quarta pela CCJ, que determina o afatamento imediato dos integrantes da mesa e do Conselho de Ética que respondem à processo disciplinar. Mas, por acordo de líderes, a matéria não vale nas atuais representações contra Renan.

Também salientou que ação deliberada para expulsar “alguém de algum lugar” foi dos senadores que defenderam a licença dele da Presidência da Casa após a absolvição no plenário.

Encontro

Simon e Jarbas se reúnem na próxima terça-feira (9) para discutir o rumo que eles tomarão dentro do PMDB. A conversa só acontece na semana que vem por conta de uma viagem de Pedro Simon à Argentina para participar de reunião do Parlamento do Mercosul. O senador avalia que não houve participação direta do Palácio do Planalto no episódio. “Não acredito nisso. É coisa do Renan e do Sarney. Eles precisam fazer essas nomeações”, analisa Simon.

O líder do PMDB, Valdir Raupp, divulgou nota sobre o episódio no início da noite. Afirma que tem “o maior respeito e apreço pelos dois senadores que são históricos do partido e não tenho nada de pessoal contra eles, mas todos sabem que ambos não acompanham às deliberações da maioria da bancada.”

Assessores de Raupp saíram pelos corredores do Senado para informar aos jornalistas que “ele não queria que a coisa acontecesse da maneira que aconteceu”. Conforme o gabinete do líder do PMDB, a decisão de ler o comunicado na sessão desta quinta-feira é de responsabilidade exclusiva de Renan Calheiros e da secretária-geral do Senado, Cláudia Lyra.

Renan Calheiros ainda disse que estranhava a manifestação do assessor, porque foi uma decisão “da maioria da bancada” e não do presidente do Senado. E também criticou a manifestação de senadores de outros partidos sobre “questões que dizem respeito ao PMDB”

O peemedebista alagoano disse que não sabe se virá ao Congresso nesta sexta-feira (5). Ele pretende passar o final de semana fora de Brasília.




Fonte: G1

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