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Politica Brasil
Quarta - 03 de Outubro de 2007 às 08:18

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Três caciques, com experiências em vários cargos eletivos, dominam grupos políticos e sobrevivem no poder em Mato Grosso há mais de 30 anos. Ainda buscam no fazer política currais eleitorais para ditar regras. A cada eleição, mergulham nos bastidores, falam em aclamação das massas mas, no fundo, tomam decisões isoladas, pois detêm controle de seus partidos. Por eles, passam empregos, estrutura de campanha, lobby e recursos para os municípios.

Logo vão estar inseridos nesse grupo o deputado José Riva, que está no quarto mandato parlamentar e pretende concorrer ao Senado em 2010, e também o governador Blairo Maggi, um empresário que parecia direcionado a ser mais técnico que política, acabou tomando gosto pela coisa pública para não mais deixá-la. Maggi admite disputar também uma das duas vagas de senador daqui a três anos.

Meia-dúzia de militantes do DEM (ex-PFL) decidiu, "por aclamação", que o senador Jonas Pinheiro continuará na presidência regional do partido, já pela terceira vez. Isso quer dizer que até 2010, pelo menos, ele continuará tomando decisões, desde a compra de uma caneta para o diretório estadual, passando por definição de candidaturas a vereador, prefeito e deputado a alianças políticas. Jonas está no segundo mandato de senador. Em 2010 terá permanecido 16 anos na cadeira. Antes, foi deputado federal por três mandatos (12 anos). Jonas quer mais. Já adiantou a aliados que deve concorrer ao terceiro mandato de senador.

Jaime Campos é outro cacique. Com seu estilo populista, já foi prefeito de Várzea Grande por três mandatos, governador e desde janeiro deste ano ocupa cadeira de senador. Ficará no mandato até 2014. Assim como seu amigo Jonas, Jaime também deseja mais poder. Já está em pré-campanha para o governo estadual.

Carlos Bezerra é outro que voltou a reconquistar poder com a conquista, em 2006, do segundo mandato de deputado federal. Antes, exerceu mandato de prefeito de Rondonópolis por três vezes, de deputado estadual, de governdor e de senador. Controla o PMDB a mão-de-ferro. Agora, Bezerra se prepara para disputar o Palácio Paiaguás, antes mesmo de concluir o mandato de deputado federal. A estratégia de buscar um novo cargo antes de concluir o mandato para o qual foi eleito é de praxe na trajetória política de Bezerra e dos demais caciques. Assim, eles só têm a ganhar e nós, eleitores, só a perder. Renovação parece não fazer parte do dicionário político.





Fonte: RD News

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