PSOL pede paralisação de processo contra Renan
"Em relação à representação de número dois, não houve exatamente a investigação. Nesse sentido, protocolo junto à Mesa um requerimento solicitando que a análise do voto do relator seja sobrestada. Requer-se ainda que sejam perpetuadas todas diligências que o relator considere necessárias", solicitou o autor da representação, José Nery.
O pedido vai ao encontro da decisão do próprio relator, senador João Pedro (PT-AM), que também defende o sobrestamento (paralisação) do processo. A decisão caberá ao plenário do Conselho de Ética.
O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) já disse que, se o requerimento for votado, ele deve proferir voto em separado, pedindo o arquivamento do caso. O relator, no entanto, que suspender a investigação para aguardar a análise de processo disciplinar contra o irmão de Renan, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL). Olavo era o dono da fábrica adquirida pela cervejaria.
Suspeição
Os primeiros minutos da reunião do Conselho de Ética servem, principalmente, para o debate sobre a escolha de Almeida Lima (PMDB-SE) para relatar as outras duas representações. "O relator vem sob suspeição. Ele vem para inocentar o presidente", ponderou o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP)
O relator designado pelo presidente do Conselho de Ética ameaçou os parlamentares que atacarem a "lisura" dele na análise dos processos contra o presidente da Casa. "A minha história não autoriza esse tipo de coisa. Quem vier falar de mim, terá que cuidar do seu passado. Eu não tenho papas na língua nem rabo preso", afirmou.
Lima ainda disse, antes de entrar na reunião do Conselho de Ética, que não tem prazo para concluir as investigações. "Não vou me submeter ao tempo da mídia. Não tenho tempo, não tenho prazo e não tenho previsão. Não conheço nada do processo. Sequer o conteúdo dele. Não sei a complexidade do processo", advertiu.
Acusações
As duas representações que serão relatadas por Almeida Lima foram apresentadas pela oposição. Na primeira, apresentada pelo Democratas e PSDB, Renan é acusado de ter utilizado laranjas para adquirir empresas de comunicação em Alagoas. No quarto, de autoria do PSOL, o presidente do Senado é suspeito de ter participado de um esquema de arrecadação de recursos em ministérios liderados por seu partido, o PMDB.
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