Homero começa articular vaga de conselheiro no TCE

O deputado federal e presidente licenciado da Federação da Agricultura e Pecuária de MT, Homero Pereira, começou há 15 dias uma articulação para assumir uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), amparado por um entendimento com o 1º suplente, Eduardo Moura (PPS).

Acometido de um princípio de derrame no mês retrasado, 10 anos após ter se curado de um câncer na garganta, Homero Pereira que teve mais de 100 mil votos nas eleições de 2006 tem admitido para os mais próximos que é momento de se aposentar e busca o conforto de uma vaga no Tribunal de Contas do Estado, cargo vitalício, considerado de carreira assemelhada aos magistrados e com benefícios salariais concedidos a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), uma vaga na instituição é cobiçada e disputada por muitos.

Em conversa reservada, Homero Pereira ouviu de um assessor próximo de Blairo Maggi que o processo tem que ser iniciado na Assembléia Legislativa, que aguarda a aposentadoria de dois conselheiros para a indicação do deputado Humberto Bosaipo (DEM) e do secretário de Fazenda, Waldir Teis, um encaminhado pelo Legislativo e outro pelo Governo do Estado.

O maior problema que Homero Pereira deverá encontrar é justamente convencer Bosaipo ou Teis a desistirem de uma suposta indicação ainda nem confirmada, tanto quanto as vagas. Constitucionalmente, os magistrados, conselheiros, desembargadores, juízes, promotores de justiça e procuradores são atingidos pela mesma regras dos funcionários públicos, aposentam-se compulsoriamente aos 70 anos de idade.

O primeiro a se aposentar será Ubiratan Spinelli que em maio de 2008 completa 70 anos, depois será a vez de Ary Campos em 2009 e Júlio Campos em 2010. Essa é uma sequência lógica, mas nem sempre a lógica prevalece, pois para casos como do conselheiro Júlio Campos que já foi governador, senador, deputado federal por duas vezes e prefeito de Várzea Grande não são necessários que ele atinja a compulsória para sair, já que neste ano completa cinco anos de exercício do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Júlio Campos foi indicado conselheiro em 2002, pelo então governador Rogério Salles (PSDB) e constantemente tem seu nome lembrado para disputar a sucessão municipal em Várzea Grande, cidade berço de sua carreira política.