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Nacional
Segunda - 01 de Outubro de 2007 às 19:04

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Com o slogan “Para você é leite, para a criança é vida. Doe leite, a vida agradece”, o Ministério da Saúde comemorou hoje (1º) o Dia Nacional de Doação de Leite Humano. Durante a solenidade, realizada em Brasília, foi lembrada a atuação da Rede Nacional de Bancos de Leite Humano, que registrou entre 2003 e 2007 aumento de mais de 50% no volume de leite materno coletado e no número de doadoras.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a média anual no número de doadoras passou de 58 mil para mais de 90 mil em todo o país. Isso permitiu que o volume de leite humano coletado passasse de 83 mil litros por anopara 130 mil litros anuais.

O ministério também anunciou a implantação de mais cinco bancos de leite humano nos estados de Alagoas, Maranhão, Piauí, Tocantins e Amazonas. Hoje, funcionam 185 unidades do banco de leite humano e 17 postos de coleta. Estão sendo investidos cerca de R$ 200 mil nessa ampliação.

Segundo o diretor do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, Adson França, a rede de bancos de leite humano no Brasil é a maior do mundo. Ele informou que o Brasil vem transferindo tecnologias, como a pasteurização, para outros países da América Latina, da África e Europa Ocidental.

França salientou também que a doação é fundamental, não só porque é um gesto de amor e solidariedade, mas porque possibilita “desenvolver uma rede de pessoas que estão comprometidas em melhorar a vida de recém-nascidos”. Para ele, o leite humano e a ampliação da quantidade de litros de leite vêm permitindo a queda da mortalidade neonatal no país. “Quanto mais doadoras, quanto mais litros de leite humano tivermos disponíveis, maiores as possibilidades dos gestores brasileiros ajudarem a sociedade a diminuir a mortalidade neonatal”, afirmou.

Para Adson França, apesar de termos a maior rede bancos de leite humano e “um quantitativo considerável”, é preciso melhorar as doações porque “o Brasil é um país de dimensões continentais, com 5.564 municípios, pelo menos 275 deles com mais de 100 mil habitantes. Então, nós comemoramos, mas ainda é pouco para a potencialidade do Sistema Único de Saúde (SUS), da rede, do apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria e dos profissionais”.

O coordenador da Rede da Rede Nacional de Bancos de Leite Humano, vinculada ao Ministério da Saúde, João Aprígio, disse que os bancos de leite humano se transformaram, ao longo das duas últimas décadas, numa das mais importantes estratégias dentro do Pacto Nacional de Redução da Mortalidade Materno e Neonatal. Com essa rede, acrescentou Aprígio, "conseguimos, dentro do SUS, atender cerca de 130 mil recém-nascidos prematuros, de baixo peso, que são internados anualmente nas unidades de terapia intensiva e semi-intensiva no Brasil.

O Ministério anunciou também a implantação do primeiro software livre, desenvolvido pelo Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (Datasus) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Este programa faz parte do sistema de garantia de qualidade de Rede Nacional de de Bancos de Leite Humano.

O programa será disponibilizado para os 27 centros de referência estaduais de bancos de leite humano no país e vai possibilitar ordenar métodos de controle através de planilhas, bem como identificar a qualidade dos serviços prestados.

Segundo Aprígio, com esse sistema, qualquer dificuldade enfrentada por qualquer banco de leite, será possível solucionar pela internet, pedindo ajuda em tempo real ao Centro de Referência Nacional, localizado na Fiocruz do Rio de Janeiro, que poderá fazer uma auditoria do sistema de controle de qualidade, prestando o apoio na solução de problemas.

Os interessados poderão adquirir o novo programa através do endereço eletrônico www.redeblh.fiocruz.br .




Fonte: Agência Brasil

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