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Politica Brasil
Segunda - 01 de Outubro de 2007 às 16:57

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O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (PMDB-RO), defendeu hoje que o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), arquive o terceiro processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Nessa denúncia, o peemedebista é acusado de usar laranjas para a compra de um grupo de comunicação em Alagoas. Na opinião de Raupp, as denúncias contra Renan são anteriores à sua posse no Senado na atual legislatura, o que justificaria o arquivamento imediato do caso.

"Esse processo das rádios pode até ser arquivado pelo presidente [Quintanilha] porque foi anterior à posse. Foi um erro da Mesa [encaminhá-lo ao Conselho de Ética]. Vou conversar com o Leomar sobre isso", afirmou.

O terceiro processo contra Renan é considerado o mais grave contra o parlamentar por senadores da oposição. As denúncias sobre o uso de laranjas para a compra de duas rádios e um jornal, em Alagoas, foram reveladas pelo usineiro João Lyra --ex-aliado político de Renan que garante ter firmado sociedade oculta com o senador para a compra do grupo de comunicação em 2000.

Na época, Renan já era senador, mas em uma legislatura anterior, o que na opinião de Raupp justifica o arquivamento do caso porque a denúncia é anterior ao seu atual mandato.

Quintanilha pretende reunir a denúncia com o quarto processo contra Renan que tramita no conselho, no qual ele é acusado de participar de esquema de desvio de dinheiro em ministérios chefiados pelo PMDB. A unificação, segundo aliados de Renan, beneficia o peemedebista porque tira o foco das investigações sobre o suposto uso dos laranjas.

Raupp disse ser favorável à unificação dos processos, assim como Quintanilha --que pretende tomar sozinho a decisão de reunir os processos com base em parecer jurídico da consultoria do Senado.

"Eu quero ver se agente chega na reunião de amanhã [do Conselho de Ética] com uma posição definida sobre isso. Se eu não decidir antes, levamos para os senadores", disse Quintanilha.

Denúncias - O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), considerou "delicada" a situação de Renan no terceiro processo. Tuma ouviu, em Alagoas, depoimento de Lyra sobre a suposta sociedade com Renan, na qual o usineiro acusa o presidente do Senado de usar o empresário Tito Uchôa como seu laranja para a compra da rádio.

Tuma defendeu nesta segunda-feira que o conselho envie senadores para ouvirem o depoimento de Lyra, Uchôa e do empresário Nazário Pimentel --que teria vendido o grupo de comunicação a Renan-- em Alagoas.

"Nada impede que uma comissão vá a Maceió para ouvir o depoimento do Lyra e dos outros dois. O Lyra tem medo de vir a Brasília, por isso o relator que for escolhido para o caso pode pedir apoio e realizar as investigações em Alagoas. Temos que ver as contradições para depois fazer as acareações", defendeu o corregedor.





Fonte: Folha Online

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