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Politica Brasil
Segunda - 01 de Outubro de 2007 às 09:35
Por: Maria Nascimento

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Os secretários de Estado de Administração, Geraldo De Vitto e de Segurança Pública Carlos Brito, estão sendo aguardados para prestarem esclarecimentos ao Parlamento sobre o resultado das investigações do incidente ocorrido na cidade de Rondonópolis, na região sul-mato-grossense no dia 26 de maio deste ano. Os depoimentos acontecem hoje (01.10), às 9 horas no Auditório Renê Barbour na sede do Parlamento.

O pedido de explicação foi feito pela Comissão de Segurança Pública e Comunitária, presidida pelo deputado Walter Rabello (PP), foi posto em votação pelo presidente da Casa, Sérgio Ricardo e aprovado por unanimidade pelos demais parlamentares. Na mesma ocasião, Brito e de Vitto devem informar sobre que providências o governo do estado está tomando em relação ao esperado Curso de Sargento.

Sobre o caso de Rondonópolis os parlamentares querem saber como balas verdadeiras foram usadas numa simulação em que só deveriam ser utilizadas balas de festim. Querem ainda saber quando a Polícia Militar apresentará à sociedade o autor ou autores dos disparos que matou um menor de 12 anos e feriu outras pessoas. Ainda, que medidas estão sendo adotadas para que fatos desta natureza e gravidade não voltem a ser registrados. “Queremos saber a conclusão do caso, de quem é a culpa, se vai ter punição, se o estado vai arcar com as conseqüências junto à família e em que terminou todo esse processo, antecipou Walter Rabello.

A tragédia que abalou a cidade de Rondonópolis resultou em 12 pessoas feridas - sendo quatro com gravidade - e, na morte de Luiz Henrique Dias Bulhões, 12 anos, atingido por dois fragmentos de bala na cabeça. O caso teve repercussão nacional e internacional. Ao realizarem uma simulação de seqüestro, os policiais deveriam utilizar somente projéteis de festim, mas quatro policiais que estavam no interior do ônibus utilizado na simulação, usavam escopetas calibre 12 e fuzis 762 e, por razões até agora não esclarecidas, usavam projéteis reais.

Desde que ocorreu o fato, a Comissão de Segurança Pública e Comunitária vem cobrando da Polícia Militar informações que levem à punição dos culpados. Esta é a segunda vez que ela convoca envolvidos no caso. Em junho passado a Assembléia Legislativa convocou o comandante Geral da Polícia Militar, coronel Campos Filho; o coronel Wilquerson Felizardo Sandes; o major Wilker Soares Sodré; o tenente e os sete soldados envolvidos para prestarem esclarecimentos sobre a operação simulada pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) da PM. Os envolvidos foram ouvidos na AL em reunião conjunta das Comissões de Segurança Pública e Comunitária, presidida pelo deputado Walter Rabello (PMDB) e, de Direitos Humanos Cidadania e Amparo à Criança, ao Adolescente e ao Idoso, presidida por Chica Nunes (PSDB), mas até então não haviam informações conclusivas sobre o caso.

CURSO DO SARGENTO:

Além de aferir se há resultados conclusivos sobre a tragédia, o requerimento aprovado pela AL e que baseou o convite aos secretários Geraldo De Vitto e Carlos Brito pede que eles relatem as propostas que o governo do estado têm para a realização do Curso de Sargento.

Ao todo 609 militares estão aptos ao curso e aguardam sua realização, nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra e Barra do Garças. Um ato governamental foi editado anteriormente e definiu que o curso seria iniciado em fevereiro, mas passados quase 8 meses o ato não se cumpriu e não há nenhum anúncio oficial sobre quando esses militares terão acesso ao curso. A categoria está mobilizada e promete comparecer em massa ao parlamento na segunda-feira (01), às 9 horas, quando acontece a audiência pública.





Fonte: Assessoria/AL

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