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Politica Brasil
Sexta - 28 de Setembro de 2007 às 14:09

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O deputado federal Carlos Bezerra, do PMDB, disse que as ações movidas contra e a mulher, Teté, ex-deputada federal, “mais parecem uma perseguição” e que as denúncias por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro são “descabidas e sem fundamentações”. Ele se defendeu nesta manhã, em Cuiabá, durante ato de filiação do PMDB.

O deputado Carlos Bezerra e a mulher Teté Bezerra, ex-deputada federal, responderão na Justiça Federal por cometerem atos de improbidade administrativa para beneficiar a si mesmos e à máfia dos sanguessugas.

Esta é a segunda ação que o Ministério Público Federal move contra os dois por envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Em junho de 2006, Carlos Bezerra foi denunciado por formação de quarilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. E, em setembro de 2007, Teté Bezerra foi denunciada por formação de quarilha e corrupção passiva.

Bezerra disse que nunca fez acordo com a família Vedoin, que chefiava a chamada máfia dos sasnguessugas, como ficara conhecida a quadrilha que negociava com as prefeituras ambulâncias a preços superfaturados, fraudava licitações e ainda contava com a ajuda de políticos.

O CASO

Como integrantes da máfia, especializada na apropriação de recursos públicos, mediante superfaturamento de preços e a manipulação de licitações para compra de ambulâncias em diversos municípios brasileiros, cabia a Teté Bezerra e o marido, Carlos Bezerra, apresentarem emendas ao orçamento geral da União, como também atuarem junto ao Ministério da Saúde, no sentido de agilizar a liberação das verbas, contemplando municípios mato-grossenses de interesse da máfia.

De acordo com a Ação de improbidade Administrativa movida pelo Ministério Público Federal, em contrapartida à atuação de Carlos e Teté Bezerra, ficou acertado que Luiz Antônio Vedoin, considerado um dos chefes da máfia, entregaria ao casal a quantia de R$ 45 mil a título de doação de campanha.

Indagado sobre os R$ 45 mil Carlos Bezerra respondeu em tom áspero: “esse valor saiu da cabeça deles [no caso, o MPF, que moveu as ações].

BANCADA

Apesar de não ter apresentado emendas individuais, a ex-deputada era a responsável pela destinação das emendas orçamentárias da bancada de Mato Grosso, e apresentou ao Ministério da Saúde a relação dos municípios a serem beneficiados com a emenda de bancada para compra de ambulâncias. Nos municípios que receberam a verba para a compra, as empresas vencedoras da licitação eram integrantes da máfia.

Carlos Bezerra também não chegou a propor nenhuma emenda, mas se comprometeu a fazer se fosse reeleito. O Ministério Público Federal argumenta que ele “comprometera-se a apresentar as emendas, se reeleito fosse, o que, só por si, induz associação à organização criminosa. De resto, beneficiou-se da propina recebida pela sua consorte, propina essa cujo valor negociara ativa e pessoalmente com Luiz Antônio Vedoin”.

Na Ação de Improbidade Administrativa, o Ministério Público Federal pede que a Justiça suspenda os direitos políticos dos dois, e condene o ex-senador e a ex-deputada a ressarcir os bens acrescidos ilicitamente, a pagar multa e que determine a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário.





Fonte: Midia News/MPF-MT

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