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Politica Brasil
Quinta - 27 de Setembro de 2007 às 17:44

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O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), negou hoje que a rebelião da bancada do PMDB na votação da medida provisória que criou a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo do governo signifique um rompimento do partido com a coalizão política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de discutir a crise no PMDB com Lula e o ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais), Jucá disse que reafirmou a disposição do partido em dialogar com o governo.

"Não há rompimento, o PMDB não está rompendo, não acabou coalizão, pelo contrário. O PMDB está firme na palavra de seus líderes e do seu presidente. O que temos que fazer é pontualmente ajustar [impasses]. Não é chantagem, é manifestação legítima da bancada do Senado", disse Jucá.

O líder disse que foi pego de surpresa com a decisão da bancada de rejeitar a MP. O senador criticou a postura de confronto adotada por grande parte dos senadores peemedebistas que, conjuntamente, trabalharam para que a criação da secretaria do governo fosse extinta.

"A gente lamenta que tenha sido dessa forma, com um clima de manifestação nesse nível. Havia outras instâncias para conversar."

Apesar da rejeição da MP --que vai forçar o governo a extinguir a secretaria e outros 626 cargos criados com a edição da medida--, Jucá disse que o governo não se sente "traído" com a mudança de postura do PMDB. "O governo não se sente traído. Coloca matérias para votar e o Congresso Nacional vota ou não. O PDT e o PP também votaram contra por causa da discussão do mérito", avaliou.

Renan

Jucá saiu em defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considerado por muitos aliados como o responsável indireto pela rebelião no PMDB. "O Renan não jogou junto dos rebelados. O senador Renan presidiu a sessão, aprovou todas as matérias. Não houve nenhuma influência do senador Renan", afirmou.

O senador reconheceu, no entanto, que a crítica de petistas à permanência de Renan na presidência do Senado ajudou azedar o clima entre a bancada do PMDB e o Palácio do Planalto. "Isso também não ajuda. É uma manifestação de desconforto, acho que temos que consertar isso", afirmou.

Apesar de defender Renan, Jucá disse que a "posição de dificuldade" do peemedebista colaborou para que o diálogo do governo com a bancada do PMDB na Casa fosse reduzida. "Isso fragiliza a bancada como um todo e diminui a forma de atuar do líder, mas o presidente Renan está ajudando nesse entendimento. Se ele pudesse atuar, atuaria para debelar essa situação. O presidente [Lula] sabe da importância do Renan nos trabalhos do Senado."





Fonte: Folha Online

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