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Quinta - 27 de Setembro de 2007 às 10:43

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"Paraíso Tropical" chega ao último capítulo nesta sexta-feira (28) paradoxalmente como um sucesso de crítica e um fiasco relativo de público. A novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares despertou a atenção até de intelectuais, mas não empolgou parcela do público tradicional da telenovela: o telespectador mais humilde e interiorano.

No Ibope da Grande São Paulo (que se reflete no resto do país), "Paraíso Tropical" será a segunda pior novela desta década. Registrava até o capítulo da última segunda média de 42,5 pontos. Na região, cada ponto equivale a 55 mil casas.

A atual novela das oito só ganha de "Esperança" (2002), que teve 38 pontos. Rompe uma seqüência muito bem-sucedida, que começou em 2004 com "Senhora do Destino" (recordista de audiência, com 50,4 pontos) e prosseguiu com "América" (49,4), "Belíssima" (48,5) e "Páginas da Vida" (46,8). Sua audiência é um fracasso relativo porque ficou abaixo do trilho considerado ideal pela Globo, de 45 pontos. Mas é o programa mais visto da TV brasileira, com pelo menos 40 milhões de telespectadores.

A história urbana da novela foi mais bem recebida nas grandes capitais, como São Paulo e Rio, do que no interior. Em Campina Grande (PB), por exemplo, foi apenas a quinta maior audiência em maio.

"Paraíso Tropical" teve rejeição do público logo no início, inclusive nas grandes capitais. Pesquisas da Globo mostraram que as donas de casa não gostaram das cenas de sexo da prostituta Bebel (Camila Pitanga) nem da vilania desumana de Olavo (Wagner Moura). A união dos dois personagens (e a censura ao sexo) acabou tornando os vilões personagens simpáticos, a ponto de boa parte do público torcer por eles.

Além disso, a trama das gêmeas de Alessandra Negrini demorou a entrar no ar e ninguém suspirou pelo romance de Paula, a gêmea boa, com o mocinho Daniel (Fábio Assunção).

A novela só não teve um desempenho pior no Ibope porque as mudanças feitas logo no final do primeiro mês de exibição interromperam a tendência de queda. No final, os autores inventaram uma troca de identidade entre as gêmeas e mataram a má, Taís, mas isso não foi suficiente para recuperar a audiência que desligou o televisor ou mudou de canal. A novela, inclusive nesta última semana, não conseguiu passar da casa dos 50 pontos/capítulo.

Mesmo assim, a gravação de suas últimas cenas segue até o início da tarde amanhã. A Globo não chegou a montar barricadas, mas elaborou um forte esquema para evitar o vazamento precoce da identidade do assassino de Taís.





Fonte: Terra

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