Kamil entra na disputa a vice; Maluf adia filiação

O secretário de Saúde de Cuiabá, deputado licenciado Guilherme Maluf, não vai mais se filiar ao PMDB nesta sexta (28). Ele resolveu adiar o ato para a próxima quarta (3), quando faltarão dois dias do prazo-limite estabelecido pela Justiça Eleitoral para mudança partidária para quem será candidato nas eleições de 2008. Por coincidência, Maluf optou por postergar o seu ingresso na legenda peemedebista no mesmo dia em que ficou sabendo que o prefeito Wilson Santos pretende ter como candidato a vice à reeleição o médico Kamil Fares, presidente da Unimed Cuiabá. Kamil, aliás, também vai se filiar no PMDB já com essa pretensão política.

Perguntado sobre o assunto, Maluf disparou: "Não é uma prática democrática algum candidato a vice cair de pára-queda, seja no PMDB, seja em outro partido. Independente disso, reafirmo que não sou candidato a vice", destaca o deputado. Apesar de negar, Maluf teria feito entendimento com o prefeito para trocar o PSDB pelo PMDB para ser o candidato a vice da chapa. Agora, sente-se preterido, já que Santos mantém as mesmas conversações com Kamil. A estratégia do prefeito é, com o presidente da Unimed na chapa, tentar atrair simpatia e votos da classe médica, categoria com a qual mantém uma relação um tanto desgastante.

Guilherme Maluf garante que a decisão de adiar filiação nada tem a ver com a possibilidade do seu colega médico Kamil vir a ser o vice da chapa. Argumenta que sente-se inseguro por causa da decisão pró-fidelidade partidária do Tribunal Superior Eleitoral, o que pode resultar na cassação do mandato de quem mudar de partido.

Mesmo assim, destaca que continua determinado a migrar para o PMDB. Disse que vai conversar com o presidente da Câmara, vereador Lutero Ponce, para que este também adie a filiação na legenda peemedebista para 3 de setembro. Ambos articulam ato em conjunto. O deputado licenciado também pretende se reunir com o presidente regional do PMDB, deputado Carlos Bezerra, e com o vice-governador Silval Barbosa. Quer saber se ambos vão cumprir o acordo, entre eles, de assumir a direção do partido na Capital a partir de dezembro.